Covid-19: Efeitos da vacinação no Reino Unido só após maio, diz médico
Britânicos já vacinaram mais de treze milhões de pessoas contra a Covid-19 desde que começaram a campanha em dezembro do ano passado
O Reino Unido já vacinou mais de 13milhões de pessoas contra a Covid-19 desde que começou a campanha em dezembro do ano passado. Apesar do início adiantado em relação a outros lugares do Ocidente, o país está entre os que mais enfrentam novos casos do coronavírus no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (11), Ricardo Petraco, cardiologista e professor do Imperial College de Londres, disse acreditar que até maio deste ano não será possível ver o efeito da vacinação no índice de mortalidade causada pela doença.
“Eu diria que até março, abril ou maio a gente não vai ver o efeito da vacinação em si na mortalidade, mas mesmo assim, o que estamos vendo agora é que passamos o pico da segunda onda. Pelo que vemos no hospital, o número de mortes e de admissão em unidade de tratamento intensivo [UTI] está caindo. O lockdown fez um efeito e a vacinação vai fazer efeito daqui a alguns meses”, afirmou.
Petraco também elogiou a campanha de vacinação realizada pelo governo do Reino Unido. “A campanha está indo muito bem. Mais de 13 milhões foram vacinados e uma proporção muito grande de indivíduos acima de 80 anos recebeu a vacina, em torno de 75%, 80% deles”, falou Petraco.
“Foi uma estratégia adotada de última hora pelo governo de dar uma dose da vacina para todos os indivíduos primeiro, espaçando um pouco mais a primeira dose da segunda. O objetivo é atingir o maior número de vulneráveis possíveis com uma dose”.
Segundo o especialista, o país vai começar agora a imunizar os idosos acima de 70 anos, para depois vacinar quem tem mais de 60 anos e possui doenças crônicas.
“Para realmente vermos o efeito da vacinação na população, temos que esperar uma proporção muito grande dos indivíduos vulneráveis serem vacinados e dar algumas semanas para o corpo do indivíduo conseguir fazer a resposta imunológica suficiente.”
(Publicado por: André Rigue)