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    Wanderson de Oliveira: Se restrição não durar 3 semanas, efeito será nulo

    Ex-integrante do Ministério da Saúde e atual Secretário de Serviços de Saúde do STF diz que o Brasil não conseguirá conter a pandemia apenas com vacinas

    Produzido por Layane Serrano e Jorge F. Rodrigues, da CNN São Paulo

    Em entrevista à CNN, o epidemiologista Wanderson de Oliveira, secretário de Serviços Integrados de Saúde do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que se a população brasileira não seguir as medidas de restrições para conter o avanço da pandemia no país durante três semanas, o efeito será “insignificante”.

    “Fica muito complicado fazer medidas no meio da situação mais crítica porque o óbito que estamos vendo agora é o caso que pegou a doença há 4 semanas atrás, pelo menos. Então, nós vemos um reflexo de uma situação que os movimentos realizados agora buscam garantir o mínimo de tempo para que o serviço de saúde consiga absorver esse excesso de demanda por serviços e leitos médicos”, disse o ex-integrante do Ministério da Saúde na gestão de Luiz Henrique Mandetta.

    “Esse é o momento de ficar em casa, não é o momento de fazer flexibilização, porque se essas medidas não forem feitas de modo restrito durante três semanas, o efeito delas será insignificante e a população vai continuar não vendo o efeito dessa medida”.

    Vacinação

    Na avaliação de Wanderson, se depender da vacina, o Brasil não conseguirá conter a pandemia de Covid-19 em 2021. 

    “O Ministério da Saúde estabeleceu que tem que vacinar 90% da população definida para receber a vacina. Estamos muito longe disso”, afirmou.

    Ele também falou sobre a expectativa de ter um 2022 melhor. “Mas para isso, precisamos de vacina e vacinar os grupos conforme está nos planos. Não podemos criar alternativas àquilo que já está escrito e acordado. Começamos com a vacinação dos vulneráveis porque têm o maior risco de morte e ocupam os leitos hospitalares por muito mais tempo e consomem muito mais recursos do que uma pessoa jovem. Não é por acaso que nós definimos há décadas a vacinação dos vulneráveis primeiro e das pessoas que estão na linha de frente”, explicou.