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    Laboratório identifica nova variante do coronavírus no Brasil

    Confirmação da nova cepa foi feita através do sequenciamento genético em dois pacientes

    Lorena Lara, da CNN em São Paulo

     

    Pesquisadores da Dasa anunciaram nesta quinta-feira (31) a identificação de uma nova variante do SARS-CoV-2 em São Paulo. A cepa B117 do vírus já foi detectada no Reino Unido e em outros 18 países, como Portugal, Dinamarca, Austrália, Índia, Coreia do Sul e Canadá. Segundo o laboratório, a descoberta já foi informada ao Instituto Adolfo Lutz e à vigilância sanitária.

    A confirmação da nova cepa em circulação no Brasil foi feita através do sequenciamento genético em dois pacientes, realizado pela Dasa e pelo Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IMT-FMUSP).

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    A mutação não é mais letal do que outras variantes dominantes, mas pode ser mais transmissível. A pesquisadora do IMT Ester Sabino afirmou que a descoberta aumenta a necessidade de manter os cuidados sanitários. “Dado seu alto poder de transmissão, esse resultado reforça a importância da quarentena e de manter o isolamento por 10 dias, especialmente para quem estiver vindo da Europa.”

    O diretor médico da Dasa, Gustavo Campana, ecoa a fala de Sabino. “A prevenção ainda é o método mais eficaz para barrar a propagação do vírus: lavar as mãos intensificar o distanciamento físico, usar máscaras e deixar os ambientes sempre ventilados”, enumera.

     

    Em entrevista para a CNN, Campana explicou que a descoberta se deu após análise de 400 amostras de exames RT-PCR e dois desses testes mostraram presença da nova linhagem. “Após o sequenciamento genético feito pela USP, encontramos as mesmas mutações encontradas na variação surgida no Reino Unido. Foram 23 novas mutações encontradas sendo 8 em um gene específico.”

    Ele disse que os dois pacientes onde foram encontradas a variação do vírus tiveram contato com pessoas que vieram do Reino Unido nas últimas semanas

    Segundo Campana, o laboratório agora busca junto com a USP entender como melhorar os testes PCR para identificar com maior agilidade a cepa do vírus.

    Imagem microscópica mostra novo coronavírus infectando célula
    Imagem microscópica mostra novo coronavírus infectando célula
    Foto: LMMV/IOC/Fiocruz, LVRS/IOC/Fiocruz e Nulam/Inmetro (1º.out.2020)

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