Com 16 hospitais públicos com UTIs para Covid lotadas, RJ terá mais restrições
Um levantamento da CNN aponta que a lotação máxima abrange hospitais administrados pela Prefeitura, governo estadual e Ministério da Saúde
Não há mais vagas disponíveis para pacientes com o novo coronavírus em pelo menos 16 hospitais da rede pública da cidade do Rio de Janeiro. Entre as unidades com UTI para Covid-19 lotadas estão o Hospital Ronaldo Gazolla, o Universitário Pedro Ernesto e o Instituto Nacional de Infectologia, da Fiocruz, hospitais referência no tratamento da doença.
Um levantamento da CNN aponta que a lotação máxima abrange hospitais administrados pela Prefeitura, governo estadual e Ministério da Saúde.
O sistema de monitoramento da Prefeitura do Rio de Janeiro apontava, no início da noite desta quarta-feira (3), que não havia mais vagas para UTI nos hospitais municipais Evandro Freire , CER Leblon, Albert Schweitzer, Rocha Faria, Pedro II e Souza Aguiar.
Os hospitais federais da Lagoa, Cardoso Fontes, Andaraí, do Fundão e os Servidores do Estado também alcançaram capacidade máxima, assim como os hospitais estaduais Getúlio Vargas e Carlos Chagas.
Novas restrições
É neste cenário que a Prefeitura vai anunciar nesta quinta-feira (4) novas restrições para a cidade do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo próprio prefeito carioca, Eduardo Paes (DEM), que avisou que as regras sairiam em decreto no Diário Oficial do município na manhã desta quinta-feira.
“É lamentável chegar nesse ponto para [a prefeitura] se mobilizar”, disse à CNN a professora de Medicina da UFRJ Lígia Bahia.
‘Momento positivo’
Nos últimos dias, Eduardo Paes defendeu que a cidade do Rio de Janeiro vivia um “momento positivo”.
Na segunda-feira (1º), depois de uma reunião com o comitê que presta assessoria a assuntos relacionados à Covid-19, o prefeito usou sua conta no Twitter para comentar o tema. “Não há – nesse momento – qualquer necessidade de ampliação das restrições, segundo eles”, disse se referindo aos especialistas.
Na tarde desta quarta-feira, em coletiva de imprensa direcionada a assuntos relacionados ao transporte público, voltou a falar sobre a pandemia.
“Esses números continuam positivos dentro dessa realidade que a gente vive. Nada é bom nessa realidade mas continuam positivos mas eu venho manifestando um pouco as minhas dúvidas, agonias normais, como qualquer cidadão, eu sou representante desses cidadãos, em relação ao que está acontecendo em nossa volta”, disse ele.