‘Muita gente acha que vacinou, problema resolvido, não é bem assim’, diz médica
Imunização em massa levará tempo para reduzir efeitos da pandemia, explica a cardiologista e intensivista Ludhmila Hajjar
A vacinação contra a Covid-19 é importante, mas o fim da pandemia não será imediato, alerta a cardiologista e intensivista Ludhmila Hajjar, em entrevista à CNN nesta terça-feira (19). É necessário um tempo para que uma imunização em massa traga resultados e se possa pensar em voltar a viver como antes.
“Muita gente acha que ‘vacinou, problema resolvido’, e não é bem assim. Não há vacina 100% eficaz. A vacina jamais é salvo conduto, solução definitiva. Então não há outra possibilidade a não ser que a gente entenda que a única maneira de conter a pandemia é nos mantermos vigilantes, buscando a vacinação e estando alerta. As medidas de preocupação deverão ser reforçadas”, afirma.
“Esperamos uma cobertura vacinal ampla, rápida e eficiente. Por exemplo, se em 60, 90 dias conseguirmos vacinar a maior parte da população, é possível que em quatro, cinco meses, tenhamos uma redução significante da necessidade do ambiente hospitalar e hospitalizações. Pode ser que dentro de 1 ano e meio, 2 anos, depois que os dados epidemiológicos mostrarem que a doença está contida, a gente vá devagarinho relaxar essas medidas. Mas nos próximos meses não esperamos isso”, avalia.
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Foto: Ivan Alvarado/Reuters
(Publicado por: André Rigue)