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    Infectologista ensina a higienizar máscara, roupa, cabelo e quando ir ao médico

    Jean Gorinchteyn diz o que fazer para eliminar ao máximo as chances de ser contaminado pela COVID-19

    Da CNN, em São Paulo

    O infectologista Jean Gorinchteyn ensinou como higienizar máscaras caseiras, qual seu tempo correto de uso e outros cuidados com roupas e até com os cabelos que se deve ter no combate ao novo coronavírus. Em entrevista à CNN, ele também descreveu quais sintomas acendem o sinal vermelho para procurar ajuda médica.

    As máscaras caseiras são recomendadas para o dia a dia, conta. “Não posso ficar o dia inteiro com ela, vai ficar úmida e perder o papel de proteção. Não posso ficar mexendo nela todas às vezes. O ideal é ter uma só para dar uma saidinha à farmácia ou supermercado. Se tenho que ficar mais tempo fora ou faço parte do grupo essencial que precisa sair, levo duas ou três. Após uma hora e meia, duas horas, tiro sempre por trás da orelha e jogo sempre num saquinho de papel, não de plástico, pois pode dar atrito com a entrada da máscara e algum vírus ficar para fora.”

     

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    E como higieniza-la? “Guarde o saquinho numa sacolinha e leve para casa. Então coloque todas em um balde com água sanitária – duas a três colheres de hipoclorito de sódio em um litro de agua – e deixo por 40 minutos. Vou pendurar sem enxaguar nem torcer. Se estiver umedecida, secar no ferro é fundamental”.

    Roupas e cabelos

    O infectologista Jean Gorinchteyn (19.abr.2020)
     
    Foto: Reprodução/CNN

    É preciso também tomar cuidados para não espalhar o vírus no lar. “Chegou em casa, deixa a roupa e o sapato na ‘zona suja’ e, antes de por a mão na roupa limpa, eu higienizo com álcool gel, tomo banho e vou cumprimentar as pessoas. Sem esquecer do distanciamento social. Evitem na medida do abraços, beijos. Dá um beijinho nas costas rápido, que não vai entrar em contato com gotículas de saliva, secreções, ninguém tem como passar a mão nessa região e passar no nariz e na boca”, aconselha. 

    Pelos e cabelos expostos ajudam a propagar a contaminação, observa o infectologista. “O ideal para os homens era realmente retirar a barba. E uma grande forma de transmissão é sim pelos cabelos: as pessoas esquecem de higienizar a mão depois de mexer no cabelo e vira uma forma de contaminação. O ideal é manter os cabelos presos e, se puderem, no transporte público usarem um lencinho na cabeça.” 

    Quando procurar ajuda 

    Gorinchteyn enumera os sintomas que devem ser observados. “Os mais comuns são dor de garganta, nariz entupido, uma tosse seca, irritativa, que vem lá de baixo e acontece durante todo o dia. Junto com isso as pessoas têm dor no corpo, uma fraqueza, falta de apetite e indisposição de fazer as coisas. Mais de 60% têm perda do paladar e do olfato. Esse é o quadro mais característico”

    Em parte dos infectados, o coronavírus agirá de forma mais intensa: “20% das pessoas, a progredir a doença, vão começar a apresentar sintomas. Já para o quarto, quinto dia, vem a dificuldade para respirar, Uma sensação que o pulmão não enche de forma natural. Já é um sinal de alerta”.

    E quando recorrer à ajuda médica? “Se tenho febre que não melhora com os medicamentos e falta de ar, tenho que procurar um serviço médico. Importante lembrar que 25% dos que evoluíram de forma grave eram jovens, sem problemas no coração, pulmão ou alteração imunológica, que deixaram de procurar ajuda por não fazerem parte do grupo de risco. Lá vocês serão avaliados sobre a necessidade de internação hospitalar”.

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