Vacinas da Moderna e Pfizer parecem seguras e têm evento adverso raro, diz CDC
Das pouco mais de 100 mil notificações reportadas até fevereiro, 94% foram consideradas 'não graves'
As vacinas da Pfizer e da Moderna contra a Covid-19 parecem ser seguras, e os eventos adversos são raros, de acordo com uma apresentação feita pelo Comitê Consultivo de Vacinas e Produtos Biológicos Relacionados da FDA (Food and Drug Administration, órgão norte-americano equivalente à Anvisa) dos Estados Unidos, durante reunião na sexta-feira (26)
De acordo com o doutor Tom Shimabukuro, do Centro de Controle de Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, o número de relatos de pessoas que tiveram uma reação à vacina parece ser semelhante ao que foi registrado durante os testes clínicos.
O CDC analisou relatórios de reações adversas até o dia 16 de fevereiro. Até aquela data, 55 milhões de doses haviam sido administradas nos Estados Unidos.
Houve pouco mais de 100 mil notificações reportadas, das quais 94% foram consideradas “não graves” e 6% atenderam à definição regulamentar para “graves”.
Os relatórios foram coletados em um sistema de vigilância passiva co-gerenciado pelo CDC e pelo FDA, chamado de V-safe. O sistema pode detectar rapidamente os sinais de segurança se houver um problema com qualquer uma das vacinas.
“Os perfis de reatogenicidade [capacidade de um imunizante gerar reação adversa] das vacinas de mRNA no V-safe são consistentes com o que foi observado nos ensaios clínicos”, disse Shimabukuro. “A anafilaxia pode ocorrer, embora raramente, e não há sinais seguros para quaisquer eventos adversos graves”, ele acrescentou.
O médico disse ainda que a anafilaxia (reação alérgica grave) também é tratável. As diretrizes do CDC dizem que as pessoas que tomam a vacina devem permanecer no local para serem observadas por 15 a 30 minutos após receberem a dose, e caso tenham problemas respiratórios, uma equipe médica treinada poderá ajudar rapidamente.
O CDC vai continuar monitorando a segurança das pessoas que recebem as vacinas.