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    Coquetel aprovado pela Anvisa pode ser tratamento novo contra Covid, diz médica

    Medicamento pode reduzir chance de internação em 70%, desafogando hospitais

    Produzido por Layane Serrano, da CNN, em São Paulo

    O coquetel contra a Covid-19 autorizado para uso emergencial pela Anvisa foi recebido com alegria pela comunidade médica diante possibilidade de reduzir internações e representar um novo tratamento contra a doença, afirma a cardiologista Ludhmila Hajjar em entrevista à CNN.

    Ela ressalta que a medicação, que combina dois anticorpos, é promissora, foi submetida a testes rigorosos com estudos publicados cientificamente e aprovada nos Estados Unidos em novembro e  na União Europeia em fevereiro.

    “Os estudos foram bastante animadores. Pode representar um tratamento novo. Até o momento conhecemos alguns tratamentos eficazes para pacientes hospitalizados, mas para os que não estão e que têm risco para complicar não temos medicação comprovadamente eficaz que evite. Se eu reduzir em 70% a chance de hospitalização, terei recurso para tratar os hospitalizados que não tiveram a chance de ter a complicação prevenida”, avalia.

    A cardiologista Ludhmila Hajjar (20.abr.2021)
    A cardiologista Ludhmila Hajjar (20.abr.2021)
    Foto: Reprodução/CNN

    Ludhmila explica que o coquetel deve se destinar a pacientes com quadros que ainda não estão graves, mas que podem progredir para isso.

    “A Anvisa libera para pacientes com PCR positivo, ou seja, diagnóstico de Covid. O médico prescreve uma única injeção na veia dessa combinação dos anticorpos. É para aquele paciente com chance maior de ter gravidade, lembrando dos grupos de risco: idoso, problema cardíaco, respiratório, câncer, diabetes, debilidade do sistema imunológico. Esse paciente tem uma chance reduzida em 70% de ser internado”.

    A cardiologista completa que uma boa expectativa a respeito da medicação é a possibilidade de reduzir o tempo de internação. “Essa medicação provou ser ficaz em encurtar o tempo da doença de 14 para 10 dias.  A comunidade científica ouviu com muita alegria essa informação, esperamos celeridade na aquisição, disponibilidade e confecção de um protocolo para que o uso não seja indiscriminado e inadequado”.