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    Anvisa: Critério para vacina contra Covid-19 não é país de origem, mas qualidade

    As declarações foram feitas após visita da comitiva do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), à Anvisa em meio à revertida do presidente Jair Bolsonaro

    O critério para compra de eventuais vacinas, seja contra Covid-19 ou qualquer outra doença, não tem relação com país de origem, mas com qualidade. A declaração foi feita pelos diretores da  Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) Antonio Barra Torres e Alessandra Soares, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (21).

    “A Anvisa não participa de nenhuma compra feita pelo governo federal de nenhum medicamento ou insumo, como também as políticas públicas de saúde são da competência do Ministério da Saúde”, afirmou Torres.

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    Alessandra Soares e Antonio Barra Torres, diretores da Anvisa, em coletiva
    Alessandra Soares e Antonio Barra Torres, diretores da Anvisa, em coletiva
    Foto: CNN Brasil (21.out.2020)

    “Então, para nós, pouco importa de onde vem a vacina ou qual é o seu país de origem. O nosso dever constitucional é fornecer a resposta de que estes produtos têm ou não têm qualidade, segurança e eficácia”, acrescentou.

    Alessandra Soares diretora reafirmou a declaração de Torres e complementou citando que as boas práticas de fabricação dos insumos também são levadas em consideração. 

    “Nosso critério não é de onde vem, mas se há qualidade onde é fabricado. Para isso, existe o certificado de boas práticas, que é emitido pela Anvisa”, disse ela. 

    “A visita dos nossos técnicos e a nossa fiscalização garantem que a fábrica, independente de onde esteja, está funcionando dentro do que é previsto em lei, das normas implementadas”, completou.

    Impasse

    As declarações foram feitas em meio ao impasse sobre a compra da Coronavac, da empresa chinesa Sinovac, e que deve ser produzida em parceria com o Instituto Butantan em São Paulo.

    Na manhã desta quarta (21), Bolsonaro negou a compra da vacina desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac – que foi anunciada, na terça, pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. 

    O presidente afirmou ainda que a população brasileira “NÃO SERÁ COBAIA DE NINGUÉM”. “Não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem. Diante do exposto, minha decisão é a de não adquirir a referida vacina”, declarou.

    De acordo com o colunista Igor Gadelha, da CNN, Bolsonaro conversou com o ministro da Saúde, na manhã desta quarta-feira (21), para “ajustar” o discurso em relação à vacina Coronavac.

    (Edição: Sinara Peixoto)