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    Nacionalidade não é critério para escolher vacina, diz porta-voz da OMS

    Declaração foi dada coletiva virtual nesta sexta-feira (23)

    Leonardo Lopes*, da CNN em São Paulo

     Em coletiva de imprensa virtual nesta sexta-feira (23), a médica e porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Harris, declarou que a nacionalidade não é um critério de escolha para uma potencial vacina da Covid-19.

    A resposta foi dada após o jornalista brasileiro Jamil Chade questioná-la a respeito da recente decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de não comprar potenciais vacinas que sejam desenvolvidas pela China.

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    “Nós escolhemos a ciência. Não é a respeito da nacionalidade. Essa é a beleza de ser multilateral. Esse é o ponto da ONU. Nós escolhemos a ciência e escolhemos a melhor vacina”, disse.

    A porta-voz complementou que a OMS somente apoiará um projeto de vacina quando estiver comprovado “o mais alto de padrão de segurança e o nível certo de eficácia”.

    Coordenador de infectologia pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), o médico infectologista Marcelo Otsuka afirmou que não importa quem fez a vacina – contra Covid-19 ou qualquer outra doença –, desde que tenha sido produzida corretamente.

    “O importante é que seja feito todo o processo adequadamente, e isso a gente tem visto com as vacinas”, defendeu o médico.

    O infectologista citou alguns pontos que devem ser considerados para analisar a qualidade de um imunizante. Tudo começa com a ciência, segundo ele, que enumerou outros indicadores: qualidade do medicamento e da pesquisa, como os estudos foram conduzidos, se quem analisou os dados é uma pessoa isenta.

    “A partir do momento em que você tem todas essas respostas corretas, a gente parte para a utilização do medicamento ou vacina – independente de onde ela é produzida”, completou.

    Para Otsuka, os resultados atuais das potenciais vacinas contra a Covid-19 ainda não permitem fazer uma avaliação sobre níveis de qualidade entre elas. “Ainda não dá para dizer se uma vacina é superior a outra”, afirmou.

    *Sob supervisão de Evelyne Lorenzetti