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    Nenhuma vacina sozinha vai resolver o problema da transmissão, diz sanitarista

    Governo de São Paulo anunciou nesta terça-feira (12) que a eficácia global da Coronavac é de 50,38%

    da CNN, em São Paulo

    Após o anúncio de que a eficácia global da Coronavac – imunizante contra a Covid-19 da chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan – é de 50,38%, e algumas pessoas questionarem se o resultado é bom, em entrevista à CNN nesta terça-feira (12), o médico sanitarista Sérgio Zanetta afirmou que nenhuma vacina sozinha vai resolver o problema da transmissão da doença. 

    “Temos mais de 40 vacinas no Programa Nacional de Imunização (PNI). A vacina contra o sarampo tem elevada eficácia, a contra a gripe tem uma eficácia de 60%, 62%. Temos vacinas com eficácia menor, como a BCG, que não protege contra a doença tuberculose, mas protege das formas graves da doença. As vacinas têm eficácias variáveis”, explicou.

    Segundo o especialista, o que é fundamental pensar agora é no objetivo que se tem com o imunizante. “Essa vacina vai controlar o problema da transmissão”, questionou. “Vai ajudar.”

    “Nenhuma vacina isoladamente vai ajudar o problema da transmissão no próximo ano, até porque não tem produção para imunizar todas as pessoas”, disse. “Mas, na prática, é uma vacina muito efetiva porque posso usar as mesmas geladeiras que uso no país inteiro. Então, a capacidade que nós teremos de rapidamente imunizar as pessoas é muito boa”, disse Zanetta.

    Zanetta comparou ainda a utilização da Coronavac aqui no Brasil e do imunizante da Pfizer/BioNTech nos Estados Unidos. 

    “A vacina da Pfizer exige [armazenamento em] temperaturas de -70ºC. Isso exige uma logística difícil de manter, estruturar e disseminar. Então, nós podemos ter uma eficácia de estudo menor, mas podemos ganhar em efetividade, que é a utilização na prática da vacina”, explicou. 

    E acrescentou: “[A vacina] pode proteger as pessoas mais vulneráveis das formas mais graves da doença, especialmente os idosos e quem tem comorbidades.”

    (Publicado por Daniel Fernandes)

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