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    Correspondente Médico: Quais as consequências físicas da ansiedade?

    Dentistas afirmaram à CNN que já notaram aumento de pacientes com dentes rachados ou fraturados devido ao estresse e à ansiedade

    Na edição desta quarta-feira (30) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocientista Fernando Gomes explica os efeitos físicos do transtorno de ansiedade.

    Entre as alterações que podem ser observadas no dia a dia, o médico cita queda de cabelo, unhas roídas e dentes rachados devido ao costume de ranger os dentes por ansiedade.

    “Acaba sendo o estereótipo da pessoa ansiosa, que leva o dedo à boca, acaba roendo as unhas e nem percebendo que está quase se automutilando de uma forma mais leve”, disse. “Quando a ansiedade transborda do mundo real para o mundo físico”.

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    Correspondente Médico: o neurocientista Fernando Gomes fala sobre ansiedade e ef
    Correspondente Médico: o neurocientista Fernando Gomes fala sobre ansiedade e efeitos no corpo
    Foto: CNN (30.set.2020)

    “Já o ranger dos dentes acaba se manifestando, principalmente, no período da noite, quando o nível de consciência é reduzido. A pessoa entra no estado de sono e não tem mais controle. Quem paga o preço por isso é a dentição, porque o atrito é muito maior do que o normal”, acrescenta.

    Dentistas afirmaram à CNN que já notaram aumento de pacientes com dentes rachados ou fraturados devido ao estresse e à ansiedade, durante os meses da pandemia da Covid-19.

    Gomes frisa que, em casos extremos, há pessoas que desenvolvem um tipo de transtorno ao ponto de arrancar os próprios cabelos. “É sem uma finalidade óbvia, mas que provoca um tipo de alívio momentâneo”, descreve. 

    Além disso, outros hábitos e até vícios que geram efeitos físicos podem surgir como resultado da ansiedade. Entre eles, fumar e consumir bebida alcóolica de forma excessiva. 

    Segundo o especialista, o estresse causado pela pandemia pode, ainda, desencadear esses sintomas de uma forma mais intensa. 

    “Estamos vendo que esses problemas relacionados com a parte psicossomática, que se originam na mente e se manifestam no corpo físico, estão acontecendo”, concluiu ele.

    Por fim, Gomes indica que “aprender a meditar e a respirar, a se alimentar e ter contato com a natureza” ajuda contra o estresse.

    (Edição: André Rigue)

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