Secretário de Saúde de SP descarta vacinar contra Covid-19 antes de dezembro
Jean Gorinchteyn explica que não se pode pular as etapas de testes nem a aprovação da Anvisa
O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, descarta que uma vacina contra a Covid-19 possa ser aplicada antes antes de dezembro deste ano, prazo previsto pelo governo. Em entrevista à CNN neste sábado (26), ele explicou os motivos.
“Temos que seguir ritos. Nenhum produto, seja medicação ou vacina, pode ser liberada sem a consagração, sem a confirmação técnica, científica, de que é absolutamente segura. Não só a Coronavac, mas todas as vacinas precisam passar por ritos de pesquisa dando segurança à comunidade médica e população. Não haverá liberação, mesmo que emergencial, se todos esses rituais de segurança científicos não forem realizados”, garante.
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![O infectologista Jean Gorinchteyn (26.set.2020)](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/2021/06/15540_F82293D875DC4A19.jpeg)
Para conseguir começar a vacinação na população geral em 15 de dezembro, como prevê o governador de São Paulo, João Doria, algumas etapas ainda precisam ser vencidas: tudo precisa correr bem com o transporte das 5 milhões de doses que chegam da China em outubro, o restante dos 3.500 voluntários precisa ser recrutado e vacinado com as duas doses até 15 de outubro e os testes não podem ser paralisados por nenhuma intercorrência.
Além disso, os resultados devem ser submetidos à Anvisa rapidamente, que precisa autorizar o registro da vacina ainda em novembro. O governo também precisa conseguir viabilizar um plano logístico de vacinação e ter o aval do Ministério da Saúde para aplicar a Coronavac.
Segunda onda
Gorinchteyn descarta uma “segunda onda” de casos por conta das aglomerações que vem ocorrendo. “Temos um plano de flexibilização lenta, gradual e progressiva. A maioria da população vem respeitando as normas no seu dia a dia, mantendo as regras sanitárias. Nós muito possivelmente não veremos o que se vê na Europa, Israel, ou Amazonas e Rio de Janeiro, com elevação do número de casos.