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    Infectologistas debatem uso de cloroquina e de vermífugo contra Covid-19

    Médicos ponderam que resultados com substâncias ainda não são conclusivos

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na segunda-feira (18) que está fazendo uso diário da hidroxicloroquina após perguntar ao médico da Casa Branca se ele poderia tomar o medicamento. No Brasil, na maior parte dos estados, o medicamento só é usado em casos graves. Entretanto, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quer que o uso passe a ser já nas fases iniciais da doença.

    As pesquisas sobre os melhores medicamentos pra combater o novo coronavírus ainda estão em desenvolvimento. À CNN, os médicos infectologistas Sergio Cimermmann e Edimilson Migowski, avaliaram as medicações para o tratamento da doença, a cloroquina e o vermífugo Nitazoxanida (Annita).

    Primeiro a falar, Cimermman classificou a atitude de Trump como ‘equivocada’ ao tomar a medicação de forma preventiva. O esO remédio tem importância, entretanto, o especialista diz que “há ressalvas”.

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    “A importância da hidroxicloroquina, no meio médico, é muito bem definida. Entretanto, para a Covid-19 os estudos clínicos têm mostrado que não tem nenhuma vantagem ou benefício clínico para o tratamento da doença. Mais uma atitude equivocada do presidente Trump em tomar de modo preventivo e eu tenho certeza que o consultor dele jamais permitiria tal situação”.

    Uma possível alternativa ao uso da cloroquina, o vermífugo Anitta tem sido avaliado pela classe médica. Para Migowski, os primeiros estudos realizados por ele estão sendo otimistas.

    “Realmente eu tenho tido uma experiência muito grande com o vermífugo, sabemos que temos vários protocolos em andamento sobre ele. Por conta de toda revisão bibliográfica que fiz e por também não termos um medicamento comprovadamente seguro para o tratamento da doença, acabei fazendo um protocolo de avaliação para a fase inicial da doença”, afirmou.

    “Dos 188 pacientes que estão sendo monitorados, 184 evoluíram bem o quadro clínico, quando medicado nas primeiras horas da doença e nenhum paciente foi a óbito. No caso da cloroquina, ainda não sabemos”, explicou Migowski.

    Cimermman também avaliou o uso do vermífugo e afirmou que ‘mesmo com efeitos colaterais baixos’, pesquisas deverão continuar para que haja uma comprovação sobre a droga. 

    “Para gente ter um embasamento científico, sempre tempos que comparar com grupo controle. É uma droga que tem efeitos colaterais baixíssimos. Nós vamos avaliar a efetividade da droga, que foi a mesma que o ministro da Ciência e Tecnologia diz estar usando no hospital militar que teve uma eficácia de 94%. Temos que alertar a população de que essa porcentagem se refere a testes em laboratórios, não em humanos.”, disse.