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    Estudo: Vacinar pacientes pré-operatórios contra Covid pode salvar 60 mil vidas

    Análise conduzida pelo Reino Unido contou com a participação de 116 países

    Paula Forster, da CNN, em São Paulo

    Estudo conduzido no Reino Unido, com a participação de 116 países, incluindo cientistas brasileiros, concluiu que ao imunizar contra Covid-19 a população que precisa passar por alguma cirurgia, seja operação benigna ou oncológica, pode salvar, em média, 60 mil vidas no período de um ano no mundo inteiro.

    A pesquisa teve como base um modelo matemático, que dividiu o grupo de análise em três faixas etárias e em três condições diferentes.

    Em relação a idade, os cientistas consideraram os grupos de 18 a 49 anos, de 50 a 69, e a partir de 70 anos. Também foram estudados, separadamente, a população que precisa passar por alguma cirurgia benigna; o grupo de pacientes oncológicos, cujo tratamento depende de operação e, por fim, aqueles que não passariam por nenhum procedimento cirúrgico.

    O objetivo era saber qual a quantidade necessária de pessoas que precisa ser vacinada contra o novo coronavírus para salvar uma vida, no período de um ano, em cada um dos grupos analisados, considerando que os pacientes cirúrgicos seriam imunizados antes da operação.

    Segundo o Dr. Felipe José Fernández Coimbra, cirurgião oncológico e líder da equipe médica da Cirurgia Abdominal do A. C. Camargo Câncer Center, que participou da pesquisa, a partir dos modelos matemáticos foi possível traçar o melhor e o pior cenário em relação aos pacientes em situação pré-operatória. “No melhor deles, mais de 115 mil vidas seriam salvas e, no pior, mais de 20 mil”, explica.

    Ainda de acordo com Coimbra, ao considerar apenas o grupo com idade superior a 70 anos e também o de pré-operatório oncológico, o número de vidas salvas é ainda maior. “O estudo mostrou que, à medida que a vacina for ficando mais disponível, as pessoas que estão esperando para passar por uma cirurgia de necessidade também precisam ser incluídas como grupo prioritário”, comenta. 

    A pesquisa, publicada no British Journal of Medicine, é mais um resultado do grupo CovidSurg, que reúne cientistas de diferentes países, com o objetivo de entender o impacto do novo coronavírus em pacientes cirúrgicos. 

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