Vacina será testada no Brasil com parceria com farmacêutica norte-americana
As empresas planejam utilizar centros de pesquisa nos Estados Unidos e no Brasil para acelerar os ensaios pré-clínicos e clínicos da vacina Versamune-CoV-2FC
Uma vacina experimental para a Covid-19, desenvolvida em parceria entre a empresa brasileira Farmacore e a norte-americana PDS, passará por testes clínicos no Brasil, com possibilidade de ter recursos financiados pelo governo federal via Ministério da Ciência e Tecnologia, informou a PDS em comunicado nesta quarta-feira (17).
Segundo a companhia, a vacina Versamune-CoV-2FC combina uma proteína SARS-CoV-2, desenvolvida pela Farmacore, com a nanotecnologia da plataforma Versamune, da PDS Biotech.
As empresas planejam utilizar centros de pesquisa nos Estados Unidos e no Brasil para acelerar os ensaios pré-clínicos e clínicos da Versamune-CoV-2FC.
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“Estamos entusiasmados para expandir nossa colaboração contínua com a Farmacore, que oferece uma oportunidade para avançar rapidamente no desenvolvimento de uma nova vacina para a Covid-19 rumo a testes clínicos de fase 1 no Brasil”, disse o presidente-executivo da PDS Biotech, Frank Bedu-Addo.
“Acreditamos que o emparelhamento da tecnologia Versamune de ativação de células T, da PDS Biotech, com a proteína SARS-CoV-2 recombinante, da Farmacore, nos permitirá avaliar rapidamente a eficácia da vacina para reduzir potencialmente a propagação contínua de infecções por Covid-19”, acrescentou.
A Farmacore manterá os direitos de comercialização na América Latina, ao passo que as receitas das vendas na região serão compartilhadas entre as duas empresas, de acordo com o comunicado.
Financiamentos adicionais para o desenvolvimento da vacina estão em discussão com outras agências governamentais e não governamentais. O valor do financiamento do Ministério de Ciência e Tecnologia não foi informado.
Em nota, o ministério afirmou que o projeto ainda está sendo estudado.
“O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) informa que o apoio ao projeto ainda está sendo discutido no âmbito do ministério. Se concretizado, o apoio do MCTI será para a Universidade de São Paulo, que possui um acordo de cooperação com a empresa Farmacore para o desenvolvimento da vacina. O coordenador do projeto será o Dr. Celio Lopes Silva – Professor Titular de Imunologia do Departamento de Bioquímica e Imunologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo (FMRP-USP). O MCTI esclarece, ainda, que os recursos serão para a fase pré-clínica e produção do lote piloto da vacina. No momento, não está sendo discutido apoio para ensaios clínicos”, disse o órgão no comunicado.
(Com Reuters)