Vacinação doméstica na China atrasa IFA para o Brasil, diz secretário da Saúde
Produção está parada desde a quarta-feira (12) no Instituto Butantan e não há previsão para a retomada
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, disse na manhã desta sexta-feira (14) que o atraso na entrega do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), insumo importado da China e fundamental na produção dos imunizantes contra Covid-19 por parte do Instituto Butantan, pode ter acontecido por conta do empenho do país em vacinar os chineses.
“Há hoje um compromisso grande do governo chinês em imunizar a população, e talvez isso seja um dos fatores que levem a esse pequeno atraso no recebimento de IFA por parte do Butantan”, explicou o secretário.
No entanto, segundo ele, o ministério tem se esforçado para viabilizar a importação o quanto antes. “Estamos com tratativas constantes com a Embaixada brasileira em Pequim (…) com o Embaixador chinês aqui no Brasil, e o Instituto Butantan sempre fazendo uma ponte com a Sinovac”.
O Instituto Butantan informou que interrompeu a produção da Coronavac, imunizante contra a Covid-19, após o atraso na entrega do ingrediente. Dez mil litros do IFA já estão prontos e separados na China para envio ao Brasil, mas o país asiático ainda não liberou o embarque desses insumos.
As declarações foram dadas em sessão temática do Senado promovida para debater uma estratégia nacional para o retorno seguro das aulas presenciais. Rodrigo Cruz disse que os professores estão previstos no PNI e a previsão é que a categoria receba pelo menos a primeira dose da vacina até o meio de junho, para que as aulas presenciais sejam retomadas.
“É claro que essa expectativa está condicionada ao recebimento das doses, e isso está condicionado a algumas variáveis, como o recebimento do IFA. Mas eu queria deixar claro é que, de fato, os professores são importantes e estão priorizados pelo Ministério da Saúde”, enfatizou o secretário.