Gol de Nestor na final do Morumbi foi treinado após análise de goleiros do Flamengo
Departamento de análise do São Paulo recomendou a Dorival Júnior um posicionamento para os rebotes de bola parada
Autor do gol que deu ao São Paulo o título inédito da Copa do Brasil, Rodrigo Nestor estava no lugar certo, na hora certa. E este não é apenas o pensamento do torcedor são-paulino, mas também do departamento de análise que auxilia a comissão técnica de Dorival Júnior. Caso os goleiros do Flamengo dessem rebote, era exatamente ali que deveria estar o meio-campista.
Nas últimas semanas, segundo apurou a CNN Brasil, os analistas de mercado do clube, responsáveis geralmente por mapear possíveis reforços e oportunidades de contratações, passaram a colaborar com os analistas de desempenho — a pedido de Dorival. Esses profissionais ficaram responsáveis por observar comportamentos e fraquezas individuais do time do Flamengo, que seriam reunidas em vídeo e repassadas à comissão.
Durante a observação da equipe de Jorge Sampaoli para o jogo de ida, identificaram um padrão defensivo dos rubro-negros: de acordo com a avaliação do departamento, o goleiro Matheus Cunha, titular no Maracanã, costuma sair do gol e socar a bola com frequência, oferecendo aos adversários a possibilidade de rebote. Os analistas notaram esse comportamento nos jogos contra Cuiabá e Atlético-MG, pelo Campeonato Brasileiro.
A partir dessa informação, estabeleceram qual seria o posicionamento dos são-paulinos na bola parada. Em faltas ou escanteios do lado direito, Lucas se posicionaria pela direita, oferecendo a Wellington Rato opção de passe no escanteio curto; Pablo Maia ficaria centralizado, à frente da área; e Nestor se posicionaria mais à esquerda.
Essa disposição dos jogadores em volta da área foi treinada nas últimas semanas. E foi exatamente de um rebote de bola parada que o São Paulo chegou ao gol que garantiu a conquista da Copa do Brasil.
O goleiro argentino Agustín Rossi, substituto de Cunha no confronto do Morumbi e cuja saída pelo alto era curiosamente bem avaliada pelo departamento de análise tricolor, deu um soco após cobrança de falta de Wellington Rato pela direita e a bola sobrou para Rodrigo Nestor, que foi feliz no chute e acertou o canto do arqueiro rubro-negro.
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Depois da partida, já no vestiário do Morumbi, o camisa 11 agradeceu aos analistas.
“O que nos preparamos para esta decisão… Sou sincero com vocês, nunca aconteceu em equipe nenhuma. Tudo que foi feito de modo geral, diretoria, torcida, atletas, comissão técnica do clube, enfim. Eu só tenho a agradecer e enaltecer”, afirmou Dorival Júnior após a final neste domingo (24).