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    Fiocruz aplica primeiras doses da vacina de Oxford no Brasil

    Amauri Arrais, da CNN, em São Paulo*

     

    A Fiocruz iniciou, em um ato simbólico neste sábado (23), a vacinação com o imunizante de Oxford no Brasil. O infectologista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fiocruz (INI/Fiocruz), Estevão Portela, foi o primeiro a receber a vacina.

    Além dele, a médica pneumologista do Centro de Referência Professor Helio Fraga, também da Fiocruz, Margareth Dalcolmo também foi imunizada. Ambos têm atuado na linha de frente da assistência a pacientes de Covid-19 desde o início da pandemia. A todo, dez funcionários da instituição foram vacinados durante o evento.

    A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, lembrou que o imunizante deve ser produzido em breve no país em parceria com a instituição e reforçou a importância da pesquisa científica no país. “A vacina contra a Covid-19 que produziremos no país em breve será totalmente nacionalizada. Sem o Sistema Único de Saúde e a tradição do Programa Nacional de Imunização, nada seria possível”, disse.

    A Fiocruz liberou neste sábado o lote de 2 milhões de doses da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca-Oxford, que chegou ao país na véspera importada da Índia. A vacina vai para os galpões do Ministério da Saúde para serem distribuídas aos estados.

    Pelo menos quatro estados receberão ainda neste sábado (23) as doses da vacina que chegaram da Índia. São eles Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e Paraná.

    O restante das doses será enviado para os demais estados e o Distrito Federal na manhã de domingo (24) em voos comerciais. As aeronaves decolam da base aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. 

    O envio dos lotes para o Ministério da Saúde começou depois da Fiocruz realizar pela manhã os trabalhos de controle de qualidade e de rotulagem do lote da vacina que foi importado da Índia. O carregamento chegou na sexta-feira (22) ao Brasil.

    Os técnicos da Fiocruz analisaram os lotes para verificar a qualidade do imunizante e se havia frascos danificados durante o transporte. Além disso, foram inseridos rótulos em português com todas as informações referentes ao imunizante.

    O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que os lotes da vacina de Oxford devem seguir com prioridade para o Amazonas, que vive caos na saúde por causa do elevado número de pessoas com o vírus.

    Assim como a Coronavac, que já está em aplicação no Brasil desde o domingo (17), para garantir a imunização com a vacina de Oxford são necessárias duas doses do imunizante por pessoa.

    O médico Estevão Portela é o primeiro a receber a vacina de Oxford no Brasil
    O médico Estevão Portela é o primeiro a receber a vacina de Oxford no Brasil
    Foto: Jaqueline Frizon / CNN

     

    Mais doses em fevereiro

    Na sexta-feira, Pazuello, informou em pronunciamento ao lado do avião que trouxe as vacinas da Índia, que espera a chegada de mais uma leva do produto no início de fevereiro. A origem será a mesma, o Instituto Serum, em Mumbai.

    A CNN apurou com fontes do governo federal que a nova remessa tem mais 4 milhões de doses prontas da vacina de Oxford. A previsão é que o carregamento chegue ao país nos primeiros 15 dias de fevereiro.

    *Com informações da CNN no Rio de Janeiro

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