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    Fiocruz e Vale se unem para estudar material genético do novo coronavírus

    Análise prevê coleta de ao menos mil amostras para estudar mutação brasileira do vírus

    Reuters

    A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e a mineradora Vale firmaram parceria para realizar o mais amplo estudo de sequenciamento de genoma do novo coronavírus no país, com a coleta de ao menos mil amostras para tentar ampliar o conhecimento sobre a mutação que o vírus apresentou no Brasil, informou a empresa nesta segunda-feira (13).

    De acordo com a Vale, serão investidos R$ 2,4 milhões pela mineradora na pesquisa, que será realizada ao longo de dois anos a partir de junho. As amostras serão fornecidas por centros de coletas espalhados por todos os estados do país, e a expectativa dos pesquisadores é compreender o comportamento no Brasil do vírus causador da doença respiratória Covid-19.

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    “Precisamos compreender o ‘DNA brasileiro’ do Sars-CoV-2, descobrir como ele se espalhou pelo país, as rotas de transmissão e como as mutações afetam as moléculas-alvo de testes diagnósticos, drogas e vacinas para que essas ferramentas de controle da doença sejam mais eficientes”, disse o diretor-científico do Instituto Tecnológico Vale, Guilherme Oliveira, em comunicado divulgado pela empresa.

    No Brasil, foram sequenciadas até maio apenas 290 amostras do material genético, o RNA, Sars-CoV-2, das quais apenas 157 são consideradas de alta qualidade — no mundo há 35 mil genomas já sequenciados com alta qualidade, que representam as características do vírus que circulou nas regiões onde foram coletados, segundo a Vale.

    O Brasil é o segundo país do mundo mais afetado pela Covid-19, com quase 1,9 milhão de casos confirmados e mais de 72 mil mortes em decorrência da doença.

    CORREÇÃO: Diferentemente do informado em versão anterior deste texto, o genoma do coronavírus é de RNA, e não de DNA, conforme esclarecimento feito pela Fiocruz. O texto já foi corrigido.

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