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    Aumento de casos justifica novas regras de máscaras em aeroportos, avalia médico

    Epidemiologista Antônio Silva Lima Neto recomendou o uso de máscaras N96 com tripla proteção e filtragem para ambientes fechados, como os aviões

    Produzido por Fernanda Pinotti e Renata Souza*, da CNN, em São Paulo

    Em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério da Saúde divulgou uma cartilha com novas regras para o uso de máscaras em aeroportos e aviões.

    Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (12), o epidemiologista Antônio Silva Lima Neto, que é professor da Universidade de Fortaleza (Unifor), avaliou que a atualização de diretrizes tem relação direta com o aumento de casos de Covid-19 no país, além da descoberta de novas variantes do novo coronavírus.

    “Tem muita relação com o aumento de circulação viral praticamente em todo o país. Ambientes como aeroportos, onde tem encontros e contato com pessoas de locais diferentes, têm que ter uso de uma máscara mais eficiente”, afirmou.

    Para essas situações, o especialista recomendou o uso de máscaras N96 com tripla proteção e filtragem, mas não desaconselhou o uso de máscaras de tecidos em outros momentos. “Em alguns cenários, elas têm se mostrado apenas uma barreira física com limitada proteção”, explicou.

    Medidas mais rígidas

    Lima Neto defendeu medidas mais rígidas para controlar a propagação da Covid-19 no Brasil, especialmente em estados que estão à beira de colapso nos sistemas de saúde. “Temos filas de regulação em 15 a 20 estados. Ou a gente diminui a transmissão comunitária ou a cada dia essa fila só vai aumentar, e o risco de morte e casos graves também”, disse.

    Universidade Singapura
    Para o uso correto de máscaras, elas devem estar bem ajustadas ao rosto, cobrindo o nariz e boca e sem aberturas laterais
    Foto: Divulgação/NUS

    A ocorrência de infecção por Covid-19 em crianças também preocupa o especialista, que atribui à variante de Manaus, conhecida como P1, o aumento de casos na faixa etária. “A disparada de casos de dezembro e janeiro, com epidemias simultâneas pela primeira vez em vários estados, desloca a faixa etária na maioria deles.”

    “A média, hoje, gira em torno de 50 a 55 anos, mais da metade [dos pacientes de Covid-19] tem menos de 60 anos, não estão nem nos grupos prioritários para a vacina. Nessa face mais cruel, tem aumentado os casos de crianças e inclusive bebês, algumas com complicações, outras com comorbidades”, afirmou o médico. 

    (*supervisionadas por Juliana Alves) 

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