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    Menores de 20 anos têm metade da probabilidade de contrair Covid-19, diz estudo

    Pesquisadores estimam que os sintomas clínicos se manifestam em cerca de 21% das pessoas entre 10 e 19 anos, contra cerca de 69% naqueles com 70 anos ou mais

    Amy Woodyatt e Naomi Thomas, , da CNN

    Estima-se que crianças e adolescentes tenham cerca da metade da probabilidade de pegar o novo coronavírus do que aqueles com mais de 20 anos, de acordo com uma nova pesquisa publicada nesta terça-feira (16).

    O estudo, conduzido por epidemiologistas da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres e publicado na revista Nature Medicine, usou modelos de transmissão para calcular a suscetibilidade a doenças e a relação da idade com os casos.

    Os pesquisadores estimam que os sintomas clínicos da Covid-19 se manifestam em cerca de 21% das pessoas entre 10 e 19 anos. Essa estimativa aumenta cerca de 69% em pessoas com 70 anos ou mais.

    Depois de analisar dados epidêmicos na China, Japão, Itália, Cingapura, Canadá e Coréia do Sul, os pesquisadores indicaram que as crianças podem ser menos suscetíveis à infecção pelo novo coronavírus por contato com uma pessoa infectada — e podem experimentar uma doença menos grave.

    Ainda existem muitas incógnitas sobre a Covid-19, mas os Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) indicaram que, embora algumas crianças tenham contraído o vírus, os adultos representam a maioria dos casos conhecidos até o momento.

    Segundo o CDC, as crianças diagnosticadas com o novo coronavírus nos Estados Unidos geralmente apresentam casos leves do vírus.

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    Escolas em todo o mundo fecharam para impedir a propagação do novo coronavírus. Segundo estimativas da UNESCO, mais de 1,5 bilhão de estudantes, ou mais de 90% dos estudantes em todo o mundo, estão em suas casas devido à suspensão da escola em aproximadamente 190 países.

    Agora, à medida que os confinamentos começam a diminuir em todo o mundo, governos e especialistas estão tentando explorar como – e quando – as crianças podem retornar às suas salas de aula.

    Os autores do estudo observaram que são necessárias mais pesquisas sobre a transmissão causada por infecções assintomáticas. No entanto, eles explicaram que intervenções para conter o contágio direcionado a crianças podem ter um impacto relativamente pequeno, principalmente se a transmissão por infecções assintomáticas for baixa.

    “As evidências diretas de suscetibilidade reduzida ao SARS-CoV-2 em crianças foram variadas, mas, se for verdade, podem resultar em menor transmissão na população em geral”, observou o estudo.

    Os países com uma menor idade média da população podem ter menos casos de Covid-19 per capita, de acordo com o estudo.

    “Se o número de infecções ou casos for altamente dependente do papel das crianças, os países com diferentes faixas etárias poderão exibir perfis epidêmicos muito diferentes e um impacto geral substancialmente diferente da epidemia”, alertou o estudo.

    Mark Woolhouse, professor de epidemiologia de doenças infecciosas da Universidade de Edimburgo, disse que os pesquisadores descobriram que crianças e adolescentes eram menos suscetíveis à infecção e menos propensos a apresentar sintomas se estivessem infectados. No entanto, os autores não foram capazes de determinar se os jovens também eram menos infecciosos, disse ele.

    “Isso dificulta avaliar com precisão o impacto do fechamento de escolas na extensão mais ampla da Covid-19”, disse Woolhouse, ao Science Media Center.

    “Utilizando o modelo matemático, os autores mostram que, mesmo sob a suposição mais pessimista de que os jovens são totalmente infecciosos, o fechamento das escolas poderia ter um impacto substancialmente menor na epidemia do que teriam em infecções semelhantes à influenza”, adicionou.

    (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em espanhol). 

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