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    Pessoas com IMC alto nem sempre têm problemas de saúde

    Nos Estados Unidos, indivíduos com índice de massa corporal acima de 30 são elegíveis para imunização contra Covid-19

    Megan Marples, da CNN

     

    Como a obesidade é um fator na elegibilidade da vacina contra a Covid-19 nos Estados Unidos, muitos americanos estão tentando descobrir o seu índice de massa corporal, ou IMC. Mas os especialistas dizem que o significado por trás desses números – e como reduzi-los – nem sempre é tão claro. 

    O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) lista a obesidade como uma condição médica subjacente e define como obeso alguém que tem um IMC 30 ou superior a isso, mas inferior a 40. 

    Ter um IMC alto, no entanto, não significa necessariamente que a pessoa não está saudável. Essa avaliação é uma maneira rápida de medir indiretamente a quantidade de gordura corporal. 

    De acordo com a calculadora criada pelo CDC para medir o número de massa corporal, adultos com IMC de 18,5 a 24,9 estão na faixa normal, de 25 a 29,9 estão acima do peso, e com mais de 30 já são considerados obesos. Um IMC de 40 ou mais, às vezes, é classificado como obesidade “extrema” ou “grave”, diz o CDC. 

    Ter um IMC acima de 30 pode levar a graves problemas de saúde, como diabetes e doenças cardiovasculares, disse Clifford Rosen, diretor do Centro de Pesquisa Clínica e Translacional do Maine, nos Estados Unidos. A obesidade também aumenta o risco de uma reação mais grave à Covid-19, disse ele. 

    IMC x músculos

    No entanto, existem alguns casos raros em que uma pessoa saudável pode ter um número de IMC considerado prejudicial, de acordo com Rosen. Entre os exemplos estão halterofilistas e pessoas com corpo atlético, que têm muitos músculos, explicou Caroline Apovian, diretora de nutrição e controle de peso do Centro Médico de Boston e professora de medicina e pediatria da Escola de Medicina da Universidade de Boston, nos Estados Unidos. 

    “Muitos jogadores de futebol têm um IMC de 30, 35 ou mesmo 40, o que se deve aos músculos, por isso são extremamente saudáveis”, disse Apovian. A recomendação da especialista para quem não tem certeza se tem o IMC devido à gordura ou aos músculos é consultar um médico para fazer testes mais específicos.

    Dieta e exercícios

    É possível reduzir o IMC por meio de dieta e exercícios, disse Rosen. Segundo ele, o primeiro passo é entender que não é sua culpa e assumir a responsabilidade por seu corpo. Diga a você mesmo: “Não sei o que causou isso, mas vou fazer algo a respeito”, explica ele. 

    Alterar a dieta é uma etapa importante no processo de perda de peso, enfatizou Rosen. Os indivíduos devem limitar a quantidade de alimentos processados que consomem e substituí-los por grãos inteiros, frutas e vegetais. 

    Comer conscientemente é outra maneira de perder peso, disse Robert Kushner, professor de medicina da Escola de Medicina Feinberg, da Northwestern University, em Chicago. Dessa forma, diz ele, as pessoas desaceleram quando comem e apreciam a comida. 

    As pessoas não devem consumir menos de 1.200 a 1.500 calorias por dia sem a permissão de um especialista em perda de peso. Apovian recomenda criar um déficit calórico moderado para reduzir o IMC. Segundo ele, perder cerca de 500 gramas a 1 quilo por semana mostra que os esforços estão valendo a pena.

    O próximo passo para reduzir o IMC é se exercitar cerca de 150 minutos de atividades físicas por semana. “Isso dá aproximadamente 20 minutos por dia, é uma ótima maneira de reduzir o peso corporal, disse Rosen. 

    Apovian também recomenda exercícios com peso pelo menos duas vezes por semana para ajudar a construir músculos no corpo, o que ajuda a queimar gordura. Rosen sugere fazer caminhadas, exercícios físicos de aulas virtuais e, quando for seguro novamente, ir à academia. Para os casos mais extremos ou para ajuda geral, ele enfatizou que é importante consultar um especialista em perda de peso. 

    (Texto traduzido. Leia o original em inglês)

     

     

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