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    Queiroga prepara planejamento a favor da ciência, afirma Simone Tebet

    A senadora criticou a postura do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que segundo ela, não abria portas para diálogo

    Produzido por Rudá Moreira e texto por Renato Barcellos, da CNN, em Brasília e São Paulo

    Em entrevista exclusiva ao Visão CNN, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) classificou a reunião com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, como “extremamente positiva” e afirmou que o chefe da pasta está preparando um planejamento que é a favor da ciência.

    “[Queiroga] tem visitado hospitais, tem buscado ajuda com a Organização Mundial da Saúde (OMS), tem conversado com laboratórios. Isso já é um grande salto positivo diante de um governo que negou por muito tempo, de uma forma totalmente equivocada, a pandemia. Nós temos que correr atrás do prejuízo”, disse.

    Tebet criticou a postura do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que segundo ela, não abria portas para diálogo, diferentemente do atual chefe da pasta.

    A líder da bancada feminina no Senado ressaltou que o grupo está preocupado com o atraso no cronograma de vacinação e com a falta de kit intubação em hospitais públicos e privados do Brasil, mas elogiou a equipe de Queiroga que tem buscado soluções imediatas para essas questões.

    “Nesse aspecto, no que se refere à transparência, a própria estratégia do Ministério da Saúde, é um giro de 180 graus. Sabemos que ele [Queiroga] pegou no meio do caminho. E o que é mais grave? Ele tem um chefe, infelizmente… um governo federal que ainda se recusa a participar desse processo”, afirmou.

    Senadora Simone Tebet (MDB-MS) em entrevista à CNN (21.abr.2021)
    Senadora Simone Tebet (MDB-MS) em entrevista à CNN (21.abr.2021)
    Foto: CNN Brasil

    Embora a bancada feminina seja bastante diversa, Tebet afirmou que o grupo é bastante organizado e ressaltou um questionamento das colegas Rose de Freitas (MDB-MG) e Mara Gabrilli (PSDB-SP) sobre possíveis alterações no Plano Nacional de Imunizações (PNI), no que se refere a estratégia de vacinação.

    Para a senadora, um novo debate é necessário, visto que o coronavírus atinge um público diferente do início da pandemia.

    “Será que depois de quem tem comorbidades, tem mais de 60 anos, não temos que rever essa questão de cronologia de vacina em relação à faixa etária, uma vez que quem está mais intubado, mais nos hospitais e leitos são os jovens de 20 a 45 anos? (…) São 8 milhões de pessoas com deficiência. Será que não temos que abrir uma exceção nesse plano, independente da faixa etária, e já começar a imunizar essas pessoas?”, questionou.

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