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    Governos federal e de SP deveriam se entender, diz ex-Anvisa sobre Coronavac

    Para o especialista, não faz sentido o governo federal não ter um plano e nem o governo estadual anunciar um plano sem ter concretamente os resultados

    da CNN, em São Paulo

    O médico sanitarista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) de Brasília e ex-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Claudio Maierovitch, comentou, em entrevista à CNN, sobre a data que o governo de São Paulo pretende vacinar a população do estado contra a Covid-19 e lembrou que a Coronavac, imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, ainda não teve os dados de eficácia divulgados. 

    “Em primeiro lugar, não faz sentido o governo federal não ter um plano. Em segundo lugar, o governo estadual anunciar um plano sem ter concretamente [os resultados]. (…) Os governos deveriam se entender porque estamos falando de um bem maior e não de uma politicagem qualquer”, falou. 

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    Caixas da Coronavac
    Caixas da Coronavac, vacina da farmacêutica Sinovac em conjunto com Instituto Butantan
    Foto: Thomas Peter/Reuters (24.set.2020)

    Segundo o governador João Doria (PSDB), a vacinação contra a Covid-19 começará em 25 de janeiro, dia do aniversário da cidade de São Paulo.

    Serão 10 milhões de doses nessa primeira fase, que será voltada para idosos, profissionais de saúde, indígenas e quilombolas. A vacinação será gratuita por meio do Sistema Único de Saúde do estado. 

    “Acho impressionante a capacidade dos nossos governantes em fazer tudo errado”, disse.

    “É impossível saber se a Anvisa vai dar ou não o registro [da vacina] sem as informações do que está contido na documentação. Ainda não tivemos a divulgação dos dados de eficácia, a chamada fase 3 da vacina está em curso”, argumentou.

    Uma vez que os estudos dos testes clínicos forem concluídos, explica o especialista, os técnicos da Anvisa terão de analisar se os resultados são consistentes e se os níveis de segurança e eficácia são suficientes para o registro do imunizante. 

    (Publicado por Sinara Peixoto)

     

     

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