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    Negociações começaram atrasadas, diz pesquisador da Fiocruz sobre vacinação

    Governo federal lançou nesta quarta (16) o Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19

    da CNN, em São Paulo

    O governo federal lançou oficialmente nesta quarta-feira (16) o Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19. O PNI já havia sido entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF). Para o Julio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), há pontos positivos no planejamento, mas as negociações estão atrasadas.

    “Temos que ressaltar os pontos positivos. Ficou claro na fala do ministro, do presidente, que todo produto aprovado pela Anvisa será adquirido pelo Ministério da Saúde. Isso deixa mais claro se o [Instituto] Butantan ou qualquer outro laboratório obtiver o registro, a vacina vai ser disponibilizada”, disse. “Mas o grande problema, na minha opinião, ainda é o quantitativo de vacinas. A gente não tem certeza de quando vai iniciar essa vacinação, não existe nenhum tipo de previsão e as negociações iniciaram muito atrasadas”.

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    Ele explica que, segundo o plano, até a metade de 2021 a Pfizer vai disponibilizar 8,5 milhões de doses e a Janssen, 3 milhões. “É muito pouco, o resto das doses vêm da Astrazeneca com a Fiocruz. A gente não tem certeza se esse cronograma vai ser mantido. Tem muito pouca certeza ao quantitativo de doses de vacina”, argumentou.

    “Tenho certeza que a gente está atrasado. Os Estados Unidos pretendem vacinar 30 milhões de pessoas com as duas doses, ou seja, 60 milhões de doses, até o final de fevereiro. A gente está muito atrasado, sim. Só para a primeira fase da vacina, precisaríamos de 31 milhões de doses para início de março, e isso a gente não tem nenhuma garantia. É preciso que o governo acelere todas as negociações possíveis para adquirir vacina de qualquer laboratório que tenha registro no Brasil”, acrescentou.

    Frasco de potencial vacina contra a Covid-19
    Frasco de potencial vacina contra a Covid-19
    Foto: CNN Brasil (22.out.2020)

    (Publicado por Leonardo Lellis)

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