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    Saúde confirma compra e pede antecipação de 46 mi de doses de vacina ao Butantan

    Solicitação foi feita no documento em que o ministério confirma a intenção de compra do novo lote de 54 milhões de doses

    Frascos com a vacina CoronaVac
    Frascos com a vacina CoronaVac Foto: Amanda Perobelli/Reuters (22.jan.2021)

    Kenzô Machida e Thais Arbex, da CNN

    Em ofício encaminhado ao Instituto Butantan na noite desta sexta-feira (29), o Ministério da Saúde pediu a antecipação do cronograma de entrega das 46 milhões de doses da Coronavac. Segundo o contrato fechado no início de janeiro, o último lote de 9.930.000 doses estava previsto para chegar ao governo federal até 30 de abril.

    A solicitação foi feita no documento em que o ministério confirma a intenção de compra do novo lote de 54 milhões de doses. A pasta pede que o Butantan envie até o “dia 3 de fevereiro de 2021, o cronograma de entrega do referido quantitativo (54 milhões) de doses, para que possam ser concluídos os termos no novo contrato, a ser assinado até o dia 5 de fevereiro de 2021”.

    O ministério também pede que o Butantan solicite à Anvisa até o fim de fevereiro o registro desse montante. No ofício, assinado pelo secretário-executivo da Saúde, Élcio Franco, a pasta afirma ainda que, se “no longo prazo”, vier a sobrar vacina no Brasil, o país poderá “doar imunizantes para outras nações”.

    Franco também usa o ofício para “cobrar transparência” do Butantan. O número dois da Saúde diz que a pasta “não se opõe” que o quantitativo das vacinas destinadas a São Paulo fiquem no estado desde que sejam apresentados ao ministério recibos de entrega; que sejam respeitados os critérios do Plano Nacional de Imunização e que seja  “observada a distribuição equitativa aos Estados, obedecendo aos grupos prioritários’.

     

    “Por oportuno, considerando a imperiosa necessidade de observância do princípio da transparência dos gastos públicos […], solicito que sejam enviados a este Ministério, com a maior brevidade possível, os recibos das doses de vacinas que ficaram na posse dessa Fundação para distribuição direta ao Estado de São Paulo”, diz o documento.