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    Hospitais de SP não têm mais vagas de UTI, diz médica do InCor e Rede D’Or

    Mortes por Covid-19 em São Paulo pulou de 8 mil casos para 10 mil e isso fez com que leitos de terapia intensiva se esgotassem

    Elis Franco, da CNN, em São Paulo

    Na última semana, o estado de São Paulo registrou mais de 10 mil mortes em decorrência da Covid-19. Um salto de 2 mil óbitos em relação à semana epidemiológica anterior. E a situação deve ainda piorar, segundo a médica cardiologista Stephanie Rizk, do Instituto do Coração (InCor) e da Rede D’Or.

    Em entrevista à CNN, ela diz que o aumento de casos fez as vagas nos leitos de UTI nos principais hospitais de São Paulo se esgotarem, o que pode causar ainda mais mortes.

    “Nesta madrugada, eu recebi quatro ligações de outros hospitais privados pedindo transferência e estamos sem vaga. É vaga zero.” 

    Por isso, alguns hospitais estão adotando novos protocolos para conseguir dar conta da demanda. De acordo com a médica, se há pacientes que estão evoluindo de forma grave, já são utilizadas salas e leitos convencionais para tentar estabilizar a situação. Porém, isso não é o suficiente. A partir daí, os hospitais vão tentando se comunicar uns com os outros para tentar uma transferência. 

    “Mas, realmente, nos principais hospitais de São Paulo não há mais leitos disponíveis”, diz ela. “Infelizmente.”

    Segundo Stephanie, a impressão nos hospitais é que cada vez mais pessoas jovens estão chegando ao hospital com queixa de falta de ar. Isso não era visto com frequência em 2020. 

    “No início, observávamos quadros com anosmia, que é a falta do cheiro, alteração do gosto, do paladar. A maioria era isso ou simples coriza. Agora, não”, afirma a médica.

    “Muitos pacientes estão com sensação de falta de ar. E realmente quando você submete esse paciente a uma tomografia, por exemplo, tem a pneumonia viral, que é o quadro pulmonar que pode levar a um estado de gravidade mais avançado”, analisa.

    Além disso, a médica enfatiza a necessidade de buscar uma unidade de saúde ou o próprio médico quando há suspeita de infecção por Covid-19.

    “Lá atrás aconselhávamos ir só quando a situação era grave. Porém, começamos a perceber que é necessário o tratamento adequado na hora adequada. Temos que fazer o diagnóstico”, afirma. 

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