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    Fiocruz alerta sobre risco de colapso no sistema de saúde

    Fiocruz alerta que nos próximos meses, a busca por assistência especializada pode aumentar simultaneamente nas regiões metropolitanas e no interior

    Cleber Rodrigues e Beatriz Puente da CNN, no Rio de Janeiro



     

    Diante de aumento de casos de Covid-19, uma nota técnica da Fundação Oswaldo Cruz, divulgada nesta quarta-feira (9) à noite, traz um tom alarmante. O documento afirma que “nos próximos meses, a busca por assistência especializada pode aumentar, simultaneamente, nas regiões metropolitanas e no interior, provocando novo colapso do sistema de saúde”.

    Segundo a Fiocruz, isso pode ocorrer por conta da sincronização entre as metrópoles e o interior, ou seja, casos crescem ao mesmo tempo nas regiões. Mas nem sempre foi assim. Até o final de maio, cerca de 67% dos óbitos por Covid-19 no Brasil foram registrados nas regiões metropolitanas. Com a interiorização da doença, no último dia de outubro, essa proporção se inverteu: “As metrópoles passaram a representar somente 33% do total de óbitos registrados no país, demonstrando o que pode ser considerado como o fim do processo de interiorização”, diz a nota técnica.

    A consequência apontada no documento é que o sistema de saúde está menos preparado para atender grandes centros urbanos e o interior simultaneamente.

     

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    Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde, a fila de espera já ultrapassa o número de leitos disponíveis. Até esta quarta-feira (09), 480 pacientes aguardavam transferência para um leito de Covid-19 no RJ. De acordo com o governo estadual, são 425 leitos na rede própria. O número, no entanto, deve ser ampliado no próximo dia 18 de dezembro, quando 130 leitos devem ser abertos. 
    No momento, a taxa de ocupação das unidades da rede estadual destinadas à Covid-19 está em 60% em leitos de enfermaria e 73% em leitos de UTI.

    No município do Rio, a taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 na rede SUS – que inclui leitos de unidades municipais, estaduais e federais –  no município é de 91%. Já a taxa de ocupação nos leitos de enfermaria é de 86%.

    O último levantamento aponta que o RJ já tem 378.084 casos da doença e 23.430 óbitos confirmados.