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    Correspondente médico: Soro bloqueia vírus e o impede de entrar nas células

    Neurocirurgião Fernando Gomes explica como funciona o soro anti-SARS-CoV-2, que começará a ser testado em humanos pelo Instituto Butantan

    Raphael Florêncio, da CNN, em São Paulo

    Na edição desta quarta-feira (26) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes detalha de que maneira o soro anti-SARS-CoV-2, desenvolvido pelo Instituto Butantan, age no corpo de um paciente já em contato com o coronavírus para fortalecer a imunidade. 

    O soro recebeu o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e poderá ser testado em humanos. O medicamento revelou bons resultados e impactou na diminuição da carga viral.

    “Isso mostra que o soro tem a capacidade de bloquear o vírus antes de entrar dentro da célula e começar a fazer o estrago que se caracteriza pela replicação viral dentro do próprio organismo da pessoa, diz Gomes.

    O processo de fabricação do soro começa com a irradiação do vírus SARS-CoV-2, que o deixa enfraquecido e incapaz de causar doença. Já inativado, ele é aplicado em cavalos que reagem e formam anticorpos. “Feito a gente quando recebemos a vacina”, compara Gomes.

    O neurocirurgião explica que os anticorpos do tipo igG passam por um processo de filtragem e entram na composição do soro, que tem como objetivo, garantir imunidade a quem testar positivo para a Covid-19.

    “Essa biocompatibilidade faz com que o anticorpo produzido pelo animal seja utilizado em uma pessoa que está em contato com o coronavírus e, desta forma, este anticorpo produzido pelo cavalo tem a capacidade de bloquear o próprio vírus [antes dele causar a doença].”

    Soro anti-Covid desenvolvido pelo Butantan (2-05-2021)
    Soro anti-Covid desenvolvido pelo Butantan (26-05-2021)
    Foto: Reprodução / CNN

     

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