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    Pazuello admite colapso no sistema de saúde de Manaus após falta de oxigênio

    Ministro da Saúde culpou falta de 'atendimento precoce' pela situação no Amazonas e prometeu prioridade na reposição de O2

    Kevin Lima* e Gabrielle Varella, da CNN, em Brasília

    O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, admitiu na noite desta quinta-feira (14) que a situação do sistema de saúde da cidade de Manaus (AM) pode ser considerado em colapso com uma fila crescente de pacientes aguardando leitos e um aumento na letalidade.

    Nesta quinta, os hospitais da capital amazonense passaram a registrar falta de oxigênio disponível, insumo indispensável para o atendimento dos pacientes com a Covid-19.

    “O que caracteriza esse colapso é exatamente você não poder atender a fila e ter uma letalidade muito alta”, disse Pazuello, que participou de transmissão nas redes sociais ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

    O ministro da Saúde afirmou que a situação equivale a registrada em abril, quando o sistema de saúde local também se viu incapaz de dar conta da demanda de atendimento em razão do novo coronavírus. 

    “Já houve um colapso no atendimento em abril. Agora, nós estamos novamente em uma situação extremamente grave.”

    Eduardo Pazuello afirmou que normalizar o fornecimento de oxigênio para a cidade é a prioridade do governo federal neste momento. 

    “A fila para leitos cresce bastante. Já estamos com 480 pessoas na fila. A realidade da diminuição da oferta de O2, não é interrupção, é diminuição da oferta. Há uma redução da oferta, estamos priorizando esse O2 nas UTIs”, afirmou.

    Atendimento precoce

    O ministro da Saúde afirmou que um dos fatores para essa segunda onda da Covid-19 na capital do Amazonas é o novo período chuvoso. Pazuello, no entanto, criticou os governos locais, por “não ter a efetiva ação no tratamento precoce”.

    Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o Ministério da Saúde enviou um ofício à Prefeitura de Manaus pressionando a cidade a utilizar a cloroquina e a hidroxicloroquina no atendimento dos pacientes com a doença do novo coronavírus.

    O medicamento não tem eficácia comprovada para a Covid-19.

    “Manaus não teve a efetiva ação no tratamento precoce, no atendimento básico e isso impactou muito na gravidade da doença. Por outro lado, a estrutura hospitalar é muito reduzida”, afirmou o ministro Eduardo Pazuello.

    Em atualização

    *Sob supervisão de Guilherme Venaglia

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