Correspondente Médico: EUA avaliam medicamento contra o Alzheimer
Se aprovado, produto pode ser o primeiro medicamento para retardar a evolução da doença. Fernando Gomes explica o estudo
Um novo medicamento para combater o Alzheimer deve ser avaliado pela agência reguladora dos Estados Unidos e, se aprovado, pode ser o primeiro para retardar a evolução da doença. O remédio está sendo desenvolvido em uma parceria entre uma farmacêutica norte-americana e uma japonesa.
Na edição desta terça-feira (2) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes falou sobre como o medicamento age no organismo.
“O Alzheimer é a demência mais prevalente que existe e traz consigo um estigma que é uma realidade dos fatos. O paciente vai perdendo o contato com a realidade e, em um período de cerca de uma década, pode evoluir para o óbito de uma forma bastante triste e sofrida”, disse Gomes.
“O que esse remédio tem de diferente é que uma proteína é depositada dentro dos neurônios que estão sofrendo o processo de degeneração, fazendo, assim, que o indivíduo tenha sua função cognitiva prejudicada. O paciente com Alzheimer tem uma perda progressiva de neurônios e, macroscopicamente, quando fazemos, por exemplo, um exame de tomografia e ressonância, é possível verificar uma atrofia cerebral. Com isso, existe alteração da memória, do comportamento da pessoa que lenta e progressivamente evolui para um processo de desconexão com a realidade.”
(Publicado por: André Rigue)