Associação Brasileira de Saúde Coletiva aprova vacinação em massa em Paquetá
Experiência foi confirmada à CNN pelo secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz
A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) afirmou à CNN, nesta terça-feira (8), que aprova o experimento realizado na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, para avaliar os efeitos da imunização contra a Covid-19 em larga escala. O projeto, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pretende imunizar toda a população adulta (a partir de 18 anos) do local até o próximo dia 20.
A proposta de vacinação em massa na Ilha de Paquetá foi aprovada pelo comitê científico do município na semana passada e anunciada pelo secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, nesta segunda-feira (7). A estimativa é que 2 mil pessoas sejam vacinadas com o imunizante de Oxford, além das mil já imunizadas nos grupos prioritários. O bairro tem a segunda maior concentração de idosos — só perde para Copacabana, Zona Sul da cidade.
Professora de epidemiologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Presidente da Abrasco, Gulnar Azevedo, destacou que a Ilha de Paquetá é o lugar mais propício para a realização do experimento. “A medida permite estudar, em uma população limitada, a efetividade da vacinação. É uma população que vive numa ilha onde é possível controlar a entrada de pessoas. Vale a pena analisar a efetividade da vacinação neste contexto”.
A presidente da Abrasco tem boa expectativa para o início da vacinação em massa. “Acho que é necessário acompanhar todos os processos primeiro. Caso o resultado seja positivo, vai ser muito bom. A medida fortalece a ideia de que o mais importante é vacinar toda a população adulta o mais rápido possível e manter restrição de circulação e as demais medidas de proteção”, finalizou.
A Ilha de Paquetá é um bairro da capital fluminense localizado em meio à Baía de Guanabara, a cerca de 15 quilômetros da estação das barcas na Praça XV, no Centro da cidade. O local tem cerca de 4.500 moradores fixos.