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    Grupo técnico que auxilia Saúde manifesta ‘preocupação’ com plano de vacinação

    Fachada do Ministério da Saúde na Esplanada dos Ministérios
    Fachada do Ministério da Saúde na Esplanada dos Ministérios Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

    Leandro Resendeda CNN

    Pesquisadores e cientistas do grupo técnico que presta auxílio ao Ministério da Saúde para preparar a vacinação no país contra a covid-19 divulgaram uma nota em que manifestam “preocupação”com os planos divulgados pelo ministro Eduardo Pazuello. A CNN antecipou os detalhes ao longo desta quarta-feira (09).

    No comunicado, o grupo pede “o esforço para que sejam imediatamente abertas negociações com o Instituto Butantan, que já teria condições de oferta de doses de vacinas, e com outras empresas que trabalham com a vacina CoronaVac e com outras vacinas candidatas em fase final de estudos de eficácia”. 

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    Na nota, de duas páginas, o Grupo Técnico do “Eixo Epidemiológico do Plano Operacional da Vacinação contra Covid-19” expressa e destaca sua preocupação com o fato de que, “até o momento, a única alternativa à vacina da AstraZeneca incluída no planejamento seja aquela ofertada pela Pfizer, justamente a que apresenta o maior desafio logístico para incorporação à estratégia nacional de vacinação por conta da cadeia de frio necessária”. 

    Os pesquisadores pedem para que o governo federal inclua na prioridade de vacinação todas as comunidades consideradas “mais vulneráveis à Covid-19”, como “quilombolas e populações ribeirinhas, por vivenciarem realidades similares àquelas das populações indígenas já incluídas no plano, além de privados de liberdade e pessoas com deficiência”. Também é solicitado que seja ampliado o escopo da quarta fase de vacinação para todos os trabalhadores da educação. 

    O grupo foi anunciado pelo Ministério da Saúde no dia 20 de novembro e conta com pesquisadores da USP, Fiocruz, do Conselho Nacional de Secretários Estaduais e Municipais de Saúde (Conass e Conasems), da Universidade Federal do Espírito Santo, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, do Conselho Nacional de Farmácia, Conselho Nacional de Enfermagem, entre outras instituições. Juntas, elas têm a responsabilidade de identificar os grupos de maior risco para adoecimento, agravamento e óbito pela Covid-19. 

    A nota reafirma que a vacinação segura e ampla é a “tarefa de nosso tempo” e que um atraso na campanha significa “vidas perdidas”. “Todos os esforços devem ser envidados para a sua realização oportuna, segura e efetiva”, diz trecho do comunicado. 

    Por fim, o texto destaca que o Programa Nacional de Imunizações é “motivo de orgulho do SUS e do povo brasileiro” e que as ações sobre ele devem  ser “baseadas em evidências, alheias a eventuais cenários políticos de fundo”.