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    Descobrir se há circulação de variantes é caro e demorado, diz pesquisador

    Ao menos onze estados brasileiros já identificaram novas cepas do coronavírus; em dez deles já está circulando a variante brasileira do vírus

    Produzido por Vinícius Tadeu, da CNN em São Paulo

    O pesquisador do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP) e virologista da Dasa, José Eduardo Levi, afirma que, assim como o número de infectados pela Covid-19 no Brasil deve ser muito maior do que o registrado, tendo em vista que não há um número satisfatório de testagem, o número de pessoas infectadas com a nova variante do vírus deve ser além do que foi divulgado. 

    “A verdade é que o sequenciamento para esses fins de identificação, por exemplo, da variante do Amazonas, é um método pouco eficaz porque não conseguimos aplicá-lo em grande escala”, disse em entrevista à CNN.

    “É caro, demorado e trabalhoso. Por isso, está servindo para a confirmação de alguns casos, como os de Araraquara, pois tinha alguma razão de se procurar [as variantes] por lá. Por uma circunstância, no Dasa nós conseguimos fazer o monitoramento da variante britânica. Portanto, em São Paulo temos ideia de como isso está ocorrendo. Mas a P.1, que é a [variante] do Amazonas, estamos realmente no escuro.”

    Ao menos onze estados brasileiros já identificaram novas cepas do novo coronavírus. Em dez deles já está circulando a variante brasileira do vírus. E já há casos de transmissão interna, ou seja, pessoas infectadas com a cepa brasileira, mas que não estiveram em Manaus, local de origem da variante.

    (Publicado por: André Rigue)

     

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