Pesquisadores da UFMG desenvolvem novo teste para detectar variantes da Covid-19
Novo teste tem foco em uso na saúde pública e não individual; análise de parte do material genético é mais rápida do que o sequenciamento realizado atualmente
Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveram um teste rápido de baixo custo para monitorar, especialmente, quatro variantes do novo coronavírus: as duas linhagens brasileiras, conhecidas como P1 e P2, e as variantes britânica e sul-africana.
Professor de Genética Humana da instituição, Renan Pedra explicou, em entrevista à CNN nesta quinta-feira (18), que o novo teste foi desenvolvido para uso no sistema público de saúde e pode ajudar na contenção das variantes para outras localidades que ainda não foram afetadas por diferentes cepas da Covid-19.
“Esse não é um exame que acredito que teria utilidade de uso individual, mas, sim, para gestores públicos evitarem a dispersão de outras variantes dentro do país”, disse o especialista. “E, também, no futuro, uma vez que identificarmos linhagens que são mais sensíveis ou menos eficazes para as vacinas disponíveis, poderemos ter um processo de individualização dessas vacinas por região”, completou Pedra.
O professor também detalhou que o diferencial do novo teste é que ele não analisa todo o material genético do vírus para identificar uma variante, como o realizado por laboratórios até o momento. “Para esse teste, a gente simplesmente analisa as três posições que são cruciais para a diferenciação dessas quatro linhagens, que são tão importantes de serem identificadas.”