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    Autonomia não isenta médicos da responsabilidade, diz diretora da Amib

    "Escolhas dos médicos precisam ser baseadas em preceitos técnicos, científicos e atuais", disse a diretora da Associação de Medicina Intensiva Brasileira à CNN

    Da CNN, em São Paulo

     

    Em entrevista à CNN, a médica e diretora-presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), Suzana Lobo, afirmou que a autonomia médica não isenta os profissionais de saúde das responsabilidades por suas escolhas.

    O tema tem sido recorrente na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. Uma das frases ditas pela infectologista Luana Araújo, ouvida pelos parlamentares na quarta-feira (2), foi que “autonomia médica não é licença para experimentação”.

    A especialista — que foi anunciada em maio para o cargo de secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, mas cuja nomeação foi cancelada dez dias depois –, se referiu à recomendação de medicamentos sem eficácia contra a Covid-19, como a hidroxicloroquina e a ivermectina.

    “Sem dúvida, a autonomia médica deve ser defendida, contudo, as escolhas do médico precisam ser baseadas em preceitos técnicos, científicos e atuais”, disse Lobo.

    “Temos que estar atentos aos benefícios e riscos das medicações e não podemos usar aquelas que não funcionam.”

    A diretora-presidente da Amib também alertou para a situação atual da pandemia no Brasil e disse que o reflexo do feriado de Corpus Christi deve se mostrar em torno de 14 dias. 

    “O que nos preocupa muito é que estamos partindo de um patamar muito alto de casos, leitos ocupados, o sistema já saturado, profissionais exaustos e os estoques de medicamentos em níveis muito críticos.”

    Paciente com Covid-19 é intubada em hospital do Texas, nos EUA
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    Foto: Go Nakamura – 11.dez.2020/Getty Images

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