Veja onde levar idosos para vacinação em SP
Idosos com 90 anos ou mais começam a ser vacinados a partir desta sexta-feira (5) na capital e da segunda-feira (8) no resto do estado de São Paulo
Idosos com 90 anos ou mais começam a ser vacinados a partir desta sexta-feira (5) na capital paulista e da próxima segunda-feira (8) no resto do estado de São Paulo. A expectativa é que, apenas na capital, 32 mil pessoas recebam a primeira dose da vacina nessa etapa.
Estão sendo disponibilizadas 587,1 mil doses da Coronavac para esta etapa da imunização. Só a Grande São Paulo, que concentra metade da população do Estado, receberá 276,7 mil doses da vacina.
A partir do dia 15 de fevereiro passam a ser vacinados os idosos entre 85 e 89 anos. O restante das vacinas poderá ser usado nas próximas semanas como segunda dose de quem já terá sido vacinado.
Saiba como fazer para cadastrar o idoso para vacinação, reduzir o tempo de espera na fila e saber os locais de vacinação que serão disponibilizados para esta etapa da imunização.
Quem pode ser vacinado?
A vacinação que começa na nesta sexta-feira (5) está destinada apenas a idosos com 90 anos ou mais. Demais faixas da população não serão vacinadas nas próximas semana. A partir do dia 15, começa a vacinação dos idosos na faixa dos 85 a 89 anos.
Onde ocorrerá a vacinação?
Segundo a coordenadora de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde, Regiane de Paula, “os municípios escolhem os pontos de aplicação das vacinas”.
A capital do Estado, que vai receber a maior parte das vacinas, vai disponibilizar um sistema de drive-thru em cinco pontos da cidade: no Estádio do Pacaembu (região central), na Arena Corinthians (Zona Leste), no Autódromo de Interlagos (Zona Sul), no Anhembi (Zona Norte) e na Igreja Boas Novas, na Vila Prudente (Zona Leste).
Além desses locais, a prefeitura de São Paulo vai colocar a rede de 468 Unidades Básicas de Saúde e os quatro Centros Escola do município para vacinar os idosos.
A vacinação será feita de segunda a sexta-feira. As UBS atendem das 7h às 19h e os pontos de drive-thru, das 8h às 17h.
Como serão atendidos os idosos acamados?
O governador de São Paulo, João Doria, afirmou que “os idosos que não puderem se deslocar para os locais de vacinação, poderão receber a vacina em casa”, mas não há uma iniciativa unificada no Estado para a vacinação de pessoas acamadas. As decisões sobre como as vacinas serão aplicadas para esse público ficam a cargo de cada prefeitura.
A coordenadora de Controle de Doenças e Coordenadora do Plano Estadual de Imunização afirma que os 644 municípios estão decidindo sobre suas estratégias de vacinação, “seja pelo drive-thru ou casa a casa, principalmente para os pacientes acamados. Cada município tem a capacidade de olhar para o seu território e de adotar a estratégia que for melhor para atender a sua população”, afirma a coordenadora.
Na capital, a prefeitura definiu via programa Vacina Sampa que idosos nessa situação serão vacinados pela Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD), modelo que deve ser aplicado também em outros municípios. Os contatos das UBS da cidade de São Paulo e de suas equipes de atendimento residencial estão disponíveis no site da prefeitura.
É preciso cadastrar o idoso?
O cadastro não é obrigatório, mas pode ajudar a reduzir o tempo de espera na hora em que o idoso for tomar a vacina. Acessando o site VacinaJá, o idoso, qualquer membro da família ou cuidador responsável pode fazer o cadastro com o número do CPF, nome completo e endereço. O pré-cadastramento via site pode ser feito em menos de um minuto.
Como evitar filas?
O cadastro via site VacinaJá ajuda a reduzir o tempo médio de cadastramento, que é de 10 minutos nas unidades de vacinação, para menos de 1 minuto. A ideia é evitar aglomerações. Porém, o registro pelo site não serve como agendamento. O idoso e os acompanhantes são organizados por ordem de chegada.
Quais os documentos necessários?
O plano de vacinação do Ministério da Saúde aponta que nenhum brasileiro deixará de ser vacinado, mesmo que não apresente qualquer documento. Porém, para controle do poder público de quem já foi vacinado e espera a segunda dose ou para quem ainda aguarda a primeira aplicação, o governo utiliza o número do CPF ou o Cartão Nacional de Saúde (CNS), conhecido como cartão do SUS.
Quem pode acompanhar?
Qualquer pessoa pode acompanhar o idoso durante a vacinação. Os dados pedidos pelos centros de vacinação, como CPF e cartão do SUS, são solicitados apenas ao vacinado. O aconselhável é que apenas uma pessoa acompanhe o idoso até o local e ateste a vacinação para evitar aglomeração.
Como escolher o local mais próximo?
O site VacinaJá disponibiliza uma área para que as pessoas possam encontrar os pontos de vacinação mais próximos no Estado digitando endereço ou CEP. Para ter acesso às localidades mais próximas, basta acessar a área Postos de Vacinação (https://portal.vacinaja.sp.gov.br/vaccine-centers/) do site.
Quando ocorrerá a segunda dose?
Ainda não há prazo definido, mas o governo cogita aplicar a segunda dose após ter vacinado todos os idosos com mais de 85 anos.
A estratégia do governo de São Paulo tem sido utilizar as primeiras doses da vacina para começar a imunizar uma quantidade máxima de pessoas.
Os estudos de teste da Coronavac apontam que o prazo máximo entre uma dose e outra da vacina é de 28 dias para garantir a imunização, mas as pesquisas não são conclusivas e pode ser que a segunda dose seja realizada após a data estipulada inicialmente.
Que precauções tomar durante e após a vacinação?
A vacina não é indicada para quem tem alergia a algum dos seus componentes, que podem ser checados na bula da CoronaVac, disponibilizada pelo Instituto Butantan para acesso do público.
Além disso, pessoas que apresentam “alguma doença aguda”, estiverem com “febre ou início agudo de doenças crônicas não controladas” nos dias que antecederem a vacinação não devem tomar a vacina, indica o Instituto Butantan. Nesses casos, é aconselhável procurar um médico para identificar o problema antes de recorrer à imunização.
Também não é indicada a vacinação para menores de 18 anos e grávidas por conta da pouca informação sobre o efeito da CoronaVac nesses grupos.
Que precauções tomar após a vacinação?
A pessoa que tomar a primeira dose da vacina não está imunizada. Segundo o Instituto Butantan, a resposta imune aparece duas semanas ou um mês depois de aplicada a segunda dose.
Portanto, os idosos devem ser mantidos em isolamento até que as etapas de imunização estejam finalizadas.