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    São Paulo terá QR Code para identificar mortos pela COVID-19 em cemitérios

    Medida busca dar conforto para as famílias que não podem ter contato com entes queridos nos momentos finais; corpos serão acompanhados até o sepultamento

    Pedro Duran, da CNN, em São Paulo

     
    O último “adeus” para quem morreu sob suspeita ou com a confirmação do coronavírus tem sido mais frio do que para quem partiu por outro motivo. É que as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinam que os corpos sejam transportados com sacos plásticos reforçados e enterrados em caixão fechado, se possível cremados. Além disso, em São Paulo, os velórios foram proibidos nestes casos.

    Com tudo isso, as famílias têm ficado desapontadas por não poderem se despedir de uma forma mais humanizada. Para solucionar pelo menos parte desse problema, a prefeitura de São Paulo decidiu instalar um sistema de acompanhamento dos corpos com QR code. Cada vítima com suspeita de COVID-19 ou com o diagnóstico confirmado recebe uma etiqueta com o código no momento da declaração do óbito. Esse código pode ser acompanhado até o momento do sepultamento.

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    A medida também visa criar um mapa georreferenciado dos locais onde os corpos foram enterrados, evitando que aconteça em São Paulo o mesmo problema que outros lugares do mundo tiveram – a falta de informação sobre onde exatamente estão os mortos.

    “O QR code vai ser utilizado a partir dessa semana pra dar mais segurança à família, para que não haja nenhuma troca de corpos nesse momento em que você tem uma explosão e um aumento do trabalho do serviço funerário. Então, é mais uma garantia dada pela tecnologia de que efetivamente aquela família está enterrando o seu ente querido no local adequado, apropriado”, disse o prefeito Bruno Covas com exclusividade à CNN.

    O sistema vai valer tanto para casos de suspeita quanto de confirmados com COVID-19. A prefeitura ainda pode expandir o sistema pra todos os mortos enterrados em São Paulo. “A expectativa é que a partir da sexta-feira da semana que vem a gente já tenha o QR code sendo utilizado”, disse Covas.

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