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    Senadores discordam sobre ‘autonomia’ de ministros da Saúde no governo Bolsonaro

    Em entrevista à CNN, Marcos do Val e Humberto Costa analisaram os depoimentos de Mandetta, Teich e Pazuello na CPI da Pandemia

    Da CNN

    Em entrevista à analista de política da CNN Basília Rodrigues, os senadores Marcos do Val (Podemos) e Humberto Costa (PT) analisaram nesta quinta-feira (20) algumas das falas de ex-ministros da Saúde da gestão Bolsonaro na CPI da Pandemia.

    Um dos pontos de discordância entre os dois integrantes da comissão foi sobre a autonomia do Ministério da Saúde com relação ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

    “Acredito que o Pazuello tenha falado verdade, que ele [Bolsonaro] tenha dado a ele [Pazuello] a liberdade para desempenhar o trabalho que deveria ser feito”, afirmou Marcos do Val.

    Humberto Costa rebateu: “Considero que ele [Pazuello], da mesma forma que os demais ministros da Saúde, não teve qualquer tipo de autonomia para exercer o cargo. Nós recebemos na CPI o ministro Mandetta que disse que saiu porque não tinha autonomia, o ministro Teich, que saiu porque não tinha autonomia”.

    Marcos do Val disse ainda que, enquanto, como general, Eduardo Pazuello assumiu e cumpriu sua missão.

    “A situação era tão grave, tão caótica que muitos não quiseram sentar ali para assumir a responsabilidade do que está acontecendo. Em plena guerra, com um número de mortos assustador, assumir o comando disso, não é qualquer um.”

    Já Humberto Costa avalia que, assim como Nelson Teich e Luiz Henrique Mandetta, Pazuello saiu do ministério porque não tinha autonomia. Diz ainda que os dois primeiros foram “corajosos” de deixar o cargo por discordar de Bolsonaro.

    “O ministro Pazuello deveria, sim, ter tido a coragem de enfrentar o presidente, como os outros dois tiveram.”

    Senadores Marcos do Val (Podemos-ES) e Humberto Costa (PT-PE) falam à CNN
    Senadores Marcos do Val (Podemos-ES) e Humberto Costa (PT-PE) falam à CNN
    Foto: CNN Brasil (20.mai.2021)

    (Publicado por: André Rigue)

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