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    Pressão para importação de Sputnik V tem que ser sobre o laboratório, diz médico

    Secretário de Serviços Integrados de Saúde do STF, Wanderson de Oliveira defendeu decisão da Anvisa em negar autorização para a vacina russa

    Produzido por Layane Serrano, da CNN, em São Paulo

    Epidemiologista e secretário de Serviços Integrados de Saúde do Supremo Tribunal Federal (STF), Wanderson de Oliveira defendeu a decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em negar a importação do imunizante russo Sputnik V. No início da semana, a agência brasileira alegou falta de documentos para liberar a autorização.

    “A Anvisa tomou uma decisão técnica. Conversei com amigos de lá e a situação ainda não permite fazer essa aprovação sem os documentos previstos, inclusive na lei que estabelece a excepcionalidade de aquisição de vacinas”, disse Oliveira, em entrevista à CNN nesta quarta-feira (28). 

    “Tenho certeza de que a pressão tem que ser sobre o laboratório em entregar a documentação para que a importação seja feita dentro dos trâmites legais. Sem isso, não temos como adotar uma medida apenas ou exclusivamente porque outro país está utilizando [a Sputnik V]”, completou o médico.

    Oliveira destacou ainda que a Anvisa já autorizou o uso de cinco imunizantes contra a Covid-19 e, com isso, provou que sua conduta técnica não impediria a liberação a vacina da Rússia. Na terça-feira (27), o Fundo de Investimento Russo alegou que a decisão da agência brasileira foi motivada por razões políticas.

    Para o epidemiologista, falta apoio e coordenação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para auxiliar o Brasil na questão.

    “Essa situação poderia ser diferente caso a OMS estivesse trabalhando em uma coordenação mais intensa. Estou sentindo a necessidade da OMS e da OPAS mediar esse tipo de debate. Eles fizeram isso por meio da Covax, e a própria OMS poderia facilitar esse processo por meio da colocação dessa vacina como parte do fundo rotatório, assim, não precisaríamos nem ter a análise da Anvisa.”

    Frasco da Sputnik V, a vacina russa contra a Covid-19
    Sputnik V, vacina russa contra a Covid-19, teve importação para o Brasil negada pela Anvisa por falta de documentos
    Foto: Sputnik V/Divulgação