‘Temos o compromisso do Ministério da Saúde com a Coronavac’, diz Dimas Covas
Além das 60 milhões de doses, até o final de fevereiro de 2021, de doses prometidas por Doria, Dimas Covas afirmou que outras 40 milhões podem estar disponíveis
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou à CNN, nesta quarta-feira (23), que o investimento do governo federal para a compra e produção da vacina chinesa, a Coronavac, “é uma notícia”.
“Significa que temos o compromisso do Ministério da Saúde em relação a esta vacina, o que nos dá esperança para que tenhamos esta vacina muito rapidamente no Brasil”, avaliou Covas.
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Confirmando a informação adiantada pela reportagem da CNN, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que inicialmente foram liberados R$ 80 milhões do Ministério da Saúde para o Instituto Butantan, parceiro do laboratório Sinovac no desenvolvimento do imunizante.
Além das 60 milhões de doses, até o final de fevereiro de 2021, prometidas por Doria, Dimas Covas afirmou que outras 40 milhões podem estar disponíveis até maio de 2021.
“De qualquer maneira, o Butantan já começa a receber, em outubro, o primeiro lote de 5 milhões de doses”, garantiu.
“Progressivamente, até o final de dezembro, teremos 46 milhões de doses já prontas na hipótese de serem usadas, dependendo da aprovação da Anvisa. As notícias são muito boas”, frisou.
Segurança da vacina
Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, Doria afirmou que 94,7% dos mais de 50 mil voluntários testados na China não apresentaram nenhum sintoma adverso em relação à vacina Coronavac.
“Os resultados dos estudos clínicos realizados na China mostraram baixo índice, de apenas 5,3%, de efeitos adversos e de baixa gravidade – a maioria apresentou apenas dor no local da aplicação da vacina”, disse Doria, ressaltando ser comum esse tipo de reação.
“Resultados comprovam que a Coronavac tem excelente perfil de segurança e comprovam também a manifestação feita pela OMS há duas semanas indicando a Coronavac como uma das oito mais promissoras vacinas em desenvolvimento em seu estágio final em todo o mundo”, completou o governador.
Destes que apresentaram efeitos adversos, 3,08% relataram dores no local da aplicação da vacina, 1,53% sentiram fadiga e apenas 0,21% tiveram febre como efeito colateral. O governo afirmou também que 7das 50.027 pessoas vacinadas na China apresentaram efeitos considerados mais graves, como perda de apetite, dor de cabeça e febra acima de 38,5 ºC.
(Com informações de Natália André e Tainá Falcão, Murillo Ferrari, Henrique Andrade, da CNN, em Brasília e São Paulo)