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    Correspondente Médico: Por que a vacina chinesa pode ser menos eficaz em idosos?

    A Coronavac, como está sendo chamada, está sendo testada em território brasileiro em parceria com o Instituto Butantan

    Apesar de parecer segura para pessoas mais velhas, a vacina da farmacêutica chinesa Sinovac Biotech contra a Covid-19 teve respostas imunológicas ligeiramente “mais fracas” em idosos na comparação com a ação desencadeada nos adultos mais jovens.

    Na edição desta terça-feira (8) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explica por que a potencial vacina contra o novo coronavírus pode ter menos eficácia no caso dos idosos.

    “Nosso corpo biológico muda ao longo da vida”, inicia o médico. “Temos uma glândula chamada timo, que fica entre os pulmões e acaba sendo muito responsável por essas células envolvidas no mecanismo de defesa – são as células T”, explica ele. 

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    Correspondente Médico: o neurocirurgião Fernando Gomes
    Correspondente Médico: o neurocirurgião Fernando Gomes explica por que vacina pode ter menos eficácia no caso dos idosos
    Foto: CNN (8.set.2020)

    Conforme o tempo passa, “esse órgão vai sofrendo mudanças em involução”. “De modo que, mesmo que tenha um estímulo (como a vacina), é de se esperar que as pessoas com mais idade tenham uma resposta imunológica pior em relação às pessoas mais jovens”, acrescenta o médico.

    Gomes ainda afirma que “esse dado era esperado”, mas que causa preocupação o fato do efeito mais fraco ser justamente na faixa etária considerada grupo de risco para a Covid-19. “Isso faz com que a gente fique relativamente mais preocupado”, completa. 

    Como possibilidade de solução para isso, o especialista diz que pode ser analisada a viabilidade de idosos receberem duas doses da vacina, mas destaca que isso não é um fato, mas algo que deve ser estudado.

    Coronavac no Brasil

    A Coronavac, como está sendo chamada, está sendo testada em território brasileiro em parceria com o Instituto Butantan. De acordo com o diretor da instituição, Dimas Covas, a previsão mais otimista é que a imunização comece a ser aplicada no início de 2021.

    O instituto firmou uma parceria com o laboratório chinês Sinovac para testar a Coronavac, uma das potenciais vacinas contra a doença e já em terceira fase de testes no Brasil. A previsão, segundo ele, é vacinar nove mil voluntários até o fim de setembro e ter os resultados disponíveis para análises a partir da segunda quinzena de outubro. 

    “Paralelamente a isso, já estamos trazendo essa vacina. Ela começa a chegar a partir de outubro. Até o final do ano já teremos 45 milhões de doses. Então, associando o registro da vacina com as doses disponíveis, a vacinação poderá iniciar, tudo dando certo, em janeiro do próximo ano”, acrescentou.

    (Edição: André Rigue)

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