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    OMS não se compromete mais com prazo para envio de vacina, diz senadora

    Organização não consegue mais se comprometer com o envio das cerca de 8 milhões de doses previstas para chegar no país até 31 de maio

    Renata Agostinida CNN

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) não consegue mais fixar prazo para o envio de cerca de 8 milhões de doses de vacina prometidas ao Brasil por meio do consórcio Covax Facility, afirmou à CNN a senadora Katia Abreu (PP-TO), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado.  

    Ela e o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), que preside a mesma comissão na Câmara, reuniram-se nesta quinta-feira, 1, com Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS. De acordo com a senadora, no encontro, os parlamentares ouviram que a organização não consegue mais se comprometer com o envio das doses previstas para chegar no país até 31 de maio.

    O governo brasileiro contava com essas remessas para dar andamento ao programa de vacinação. De acordo com o último cronograma divulgado pelo Ministério da Saúde, quase três milhões de doses deveriam ter chegado até o final de março e seis milhões têm de desembarcar no país até o final de maio. Até agora, só um milhão de doses foram enviadas.

    “Ele disse que não podem mais dar cronograma. Das 9 milhões de doses, nos só recebemos até agora 1 milhão, e o resto não se sabe mais quando chegará. Disseram que não eles têm condição, porque há problemas de produção e estão com problemas no mundo todo”, afirmou Katia Abreu. “Eu tinha muita esperança, mas ouvimos que não só não é possível antecipar, como não há prazo”. 

    De acordo com a senadora, foi encaminhado a Adhanom pleito para que a OMS mude os critérios de distribuição das vacinas por meio do consórcio e passe a considerar também a gravidade da situação em cada país. Atualmente, países mais populosos e mais pobres têm preferência. 

    A proposta dos parlamentares tem como objetivo conseguir que o Brasil receba mais doses o quanto antes. 

    Kátia Abreu afirmou que houve compromisso de Adhanom para encaminhar internamente o pleito. 

    O diretor-geral da OMS reforçou no encontro que, tão importante quanto a vacinação, é o país seguir as principais recomendações sanitárias da OMS: uso de máscaras, higiene das mãos, distanciamento físico e uso de espaços arejados. Adhanom também afirmou, de acordo com a senadora, que lockdown deve ser usado em casos extremos. 

    Foi tratado ainda na reunião a decisão do Brasil de não apoiar pleito da Índia e da África do Sul na Organização Mundial de Comércio para suspender patentes de vacinas. Segundo relato da senadora, Adhanom criticou a postura do Brasil. 

    “Está previsto na OMC a quebra de patentes em casos extremos. Se isso não for caso extremo, não sei o que será. Ele disse que é preciso dar esse apoiamento e sinalização”, afirmou a senadora.

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