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    O pior momento da epidemia em SP já passou, diz João Gabbardo

    Secretário do comitê estadual de contingência da Covid-19, médico afirma que casos seguirão crescendo, mas mortalidade tende a cair mais

    Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo

    O médico João Gabbardo, secretário-executivo do comitê de contenção do coronavírus de São Paulo, afirmou nesta quinta-feira (3), em entrevista à CNN, que o pior momento da pandemia da Covid-19 no estado já passou.

    “O pior já passou, nós estamos em uma fase de redução da epidemia”, disse Gabbardo. Ele pondera que o número de casos deve continuar subindo, apenas não se refletindo em aumento nas novas mortes.

    “Nós vamos conviver por um bom tempo com esse número de casos que vai continuar crescendo por dois motivos fundamentais. Um é o aumento da testagem. O segundo é evidente que vai aumentar o número de casos confirmados porque as pessoas que saíram para a rua, mas a grande maioria são jovens, pessoas sadias”, disse o integrante do governo João Doria (PSDB).

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    “Então, não tem relação esse aumento de casos com [mais] internação hospitalar, utilização de leitos de UTI e com óbitos”, argumentou, entrevistado pelo âncora William Waack.

    Apesar do prognóstico positivo, João Gabbardo afirmou que ainda “não dá para pensar em voltar à vida normal neste momento”.

    “Nós precisamos manter as orientações de distanciamento social, a gente tem que evitar aglomerações, temos fazer tudo que for possível para reduzir a transmissão da doença.”

    Vacina

    O retorno à normalidade, na avaliação do secretário de SP, será possível apenas quando houver uma vacina eficaz contra o novo coronavírus.

    “A vacina, não há dúvida, que vai ser uma ferramenta importantíssima, fundamental, para que a gente volte à normalidade”, disse.

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    Gabbardo citou o início do combate à pandemia, quando ainda era o número 2 do Ministério da Saúde na gestão Luiz Henrique Mandetta (DEM), para manifestar preocupação com “pessoas desestimulando a vacinação”.

    O secretário não mencionou o nome do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que afirmou que o governo não irá obrigar a imunização contra a Covid-19, mas disse que “é lógico que não pode obrigar”, apesar da lei para o combate à pandemia permitir a vacinação compulsória.

    “Nós já falhamos no início das nossas orientações e medidas gerais porque nós não conseguimos unificar o nosso discurso. Agora que está todo mundo brigando para ter vacina, o próprio Ministério da Saúde batalhando para ter vacina o mais rápido possível, aparecem pessoas desestimulando a vacinação”, criticou.