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    ‘Uso de hidroxicloroquina foi politizado’, diz presidente do CFM

    Mauro Ribeiro também avaliou os impactos sobre a possível saída do ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta

    Em entrevista à CNN, nesta quarta-feira (15), Mauro Ribeiro, presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), avaliou o cenário dos profissionais da saúde no combate ao novo coronavírus. Ele ainda fez considerações sobre o uso da hidroxicloroquina no combate à doença, afirmando que o uso da medicação foi usada de maneira politizada por autoridades.

    “Essa é uma situação inusitada. A hidroxicloroquina é muito usada para outras doenças e no Brasil é impressionante a forma que isso tomou. Hoje, todos têm opinião sobre tratamento com cloroquina e este assunto está politizado (…) Em uma reunião com especialistas, não existe nenhum trabalho até hoje publicado na literatura de ponta, que mostre o benefício da hidroxicloroquina para o tratamento da COVID-19. Não há evidência científica para isso”, explica.

    Ribeiro também reforçou a necessidade de se oferecer segurança para os profissionais da saúde neste momento de crise. “Estudos italianos mostram que há uma perda da força de trabalho dos profissionais da saúde, de 40% a 45%  em consequência do coronavírus ou do estresse. Essa é uma preocupação muito grande que nós temos. Nós do Conselho criamos um canal para que profissionais façam queixas de falta de equipamento e outras demandas”.

    O presidente também avaliou os impactos sobre a possível saída do ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta. Para ele, não há impacto no órgão, mas há uma preocupação com o efeito no cenário da saúde brasileira. 

    “Não há impacto direto para o Conselho Federal de Medicina, mas o problema que colocamos são os efeitos dessa situação política no país e como vai impactar dentro do governo brasileiro. Caso se concretize, é necessário que o governo e autoridades tenham a compreensão do momento delicado que estamos vivendo no Brasil e que tentem minimizar os efeitos na população.”

    “Nós estamos diante de uma catástrofe, portanto cabe ao governo minimizar o impacto da saída, caso aconteça”, conclui Marcos Ribeiro.

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