Estudo sugere que asma não é fator de risco para Covid-19
De acordo com os pesquisadores, pacientes com asma teriam poucas quantidades da enzima ACE2, uma proteína que o coronavírus usa para ter acesso às células
Apesar da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) incluírem pacientes asmáticos como grupos de risco da Covid-19, um estudo da Universidade de Colorado sugere o contrário. Os pesquisadores analisaram os número de indivíduos com asma entre os hospitalizados pelo novo coronavírus.
A pesquisa, publicada em 31 de agosto na revista médica American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine, analisou portando a prevalência entre pacientes com o novo coronavírus e asma através de 15 estudos diferentes e outros 436 pacientes com Covid-19.
A análise constatou que pacientes asmáticos correspondiam por 12% das internações por Covid-19, um número menor do que os atuais 20% de pacientes com asma internados em virtude da gripe nos Estados Unidos. Apesar de haver poucos dados sobre a incidência, o estudo relata que asmáticos não parecem ser tão afetados quanto outros grupos de risco da Covid-19.
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A pesquisa sugere uma possível explicação sobre o por quê de asmáticos não corresponderem por um grande número de hospitalizações pela Covid-19. De acordo com os pesquisadores, pacientes com asma teriam poucas quantidades da enzima ACE2, uma proteína de superfície que o coronavírus usa para ter acesso às células do corpo e infectá-las. Isso significa que o vírus não infecta asmátcos na mesma proporção que contamina pacientes com outras comorbidades.
Ao contrário da asma, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), que obstrui as vias aéreas e dificulta a respiração, continua sendo um fator de alto risco para o novo coronavírus. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 210 milhões de pessoas no mundo tem DPOC e a estimativa é de que a doença se torne a terceira principal causa de morte por volta do ano de 2020.
*sob supervisão de Giovanna Bronze