Candidata a vacina contra Covid-19 é aprovada para uso militar na China
Os testes clínicos de fase 1 e fase 2 mostraram que a candidata a vacina tem potencial de prevenir doenças provocadas pelo novo coronavírus
Os militares da China receberam aprovação para usar uma candidata a vacina contra Covid-19 desenvolvida por sua unidade de pesquisa e pela CanSino Biologics depois que testes clínicos provaram que ela é segura e mostrou alguma eficiência, anunciou a empresa nesta segunda-feira (29).
A Ad5-nCoV é uma de oito candidatas a vacina chinesas aprovadas para testes em humanos dentro e fora do país para tratar a doença respiratória causada pelo novo coronavírus. Ela também foi aprovada para testes em humanos no Canadá.
No dia 25 de junho, a Comissão Militar Central da China liberou o uso da vacina por parte dos militares pelo período de um ano, disse a CanSino em um registro. A candidata a vacina foi desenvolvida conjuntamente pela CanSino e por uma instituto de pesquisa da Academia de Ciências Militares (AMS).
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“Atualmente, a Ad5-nCoV está limitada somente ao uso militar, e seu uso não pode ser ampliado para uma campanha de vacinação mais ampla sem a aprovação do Departamento de Apoio Logístico”, disse a CanSino, referindo-se ao departamento da Comissão Militar Central que aprovou o uso militar da vacina.
Citando segredos comerciais, a CanSino não quis revelar se a inoculação da candidata a vacina é obrigatória ou opcional.
A chancela militar vem na esteira da decisão tomada pela China no início deste mês de oferecer duas outras candidatas a vacina a servidores de estatais em viagem ao exterior.
Os testes clínicos de fase 1 e fase 2 mostraram que a candidata a vacina tem potencial de prevenir doenças provocadas pelo novo coronavírus, que já matou meio milhão de pessoas em todo o mundo, mas seu sucesso comercial não pode ser garantido, disse a empresa.
Separadamente, no início deste mês a AMS recebeu aprovação para testa sua segunda vacina experimental contra coronavírus em humanos.
Nenhuma vacina contra as doenças provocadas pelo coronavírus já foi aprovada para uso comercial, mas mais de uma dúzia das mais de 100 candidatas estão sendo testadas em humanos em várias partes do globo.