Deficiência de vitamina D pode aumentar risco de contaminação por Covid-19
A constatação foi identificada em um estudo desenvolvido por pesquisadores do Departamento de Medicina da Universidade de Chicago
Pacientes que têm deficiência de vitamina D, produzida principalmente por meio da exposição solar, poderiam estar 1.77 vezes mais suscetíveis a serem infectados pela Covid-19 do que entre pacientes com quantidade suficiente da mesma vitamina.
A constatação foi identificada em um estudo desenvolvido por pesquisadores do Departamento de Medicina da Universidade de Chicago, publicado na revista médica JAMA, nesta quinta-feira (3).
De acordo com o estudo, ainda não se sabe se uma maior suficiência da vitamina reduziria a incidência da doença, porém, a eficácia do uso da substância entre infecções virais do trato respiratório já foi constatada.
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Os pesquisadores mediram o nível de vitamina D presente no corpo de 489 pacientes no período de um ano anterior à testagem para a Covid-19.
Os resultados foram coletados entre 3 de março e 10 de abril deste ano. Dentre o total de participantes, 71 testaram positivo para a doença, dentre o quais 32 apresentaram deficiência da substância. Já outros 39 pacientes, que apresentaram níveis suficientes da vitamina, testaram positivo para coronavírus.
Em outro recorte analisado pelos pesquisadores, entre o total de participantes, 172 pacientes apresentaram deficiência da doença – o que representaria 35% dos testes positivos.
Dentre as incidências do resultado, os pesquisadores também constataram um risco maior de infecção entre indivíduos com mais de 50 anos e aqueles não brancos.
Os pacientes considerados como deficientes em vitamina D apresentaram os seguintes níveis da substância, dentro de 1 ano antes da realização do teste diagnóstico para Covid-19: resultado inferior a 20 ng / mL para 25-hidroxicolecalciferol ou menos de 18 pg / mL para 1,25-diidroxicolecalcifero.
Já os pacientes que apresentam suficiência da substância apresentaram níveis iguais ou superiores a 20 ng / mL ou iguais ou superiores a 18 pg / mL, respectivamente.
(*Sob supervisão de Evelyne Lorenzetti)