Solidariedade vai apoiar reeleição de Ricardo Nunes em SP, diz dirigente da sigla à CNN
Partido está na base do presidente Lula (PT), mas não dividirá palanque com ele na cidade: “cada capital tem sua realidade”, defende o presidente do Solidariedade em São Paulo
O Solidariedade decidiu, em São Paulo, apoiar a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB) nas eleições de 2024. A informação foi confirmada à CNN pelo presidente do diretório municipal da sigla, Pedro Nepomuceno.
O partido, que faz parte da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o apoiou desde o primeiro turno no ano passado, não dividirá palanque com o petista na disputa. Em agosto, o PT formalizou apoio ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).
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Segundo o dirigente, a questão está “superada” na capital paulista, e o apoio deve ser oficializado até a próxima semana. “Falta apenas a foto” com Paulinho da Força, vice-presidente e principal liderança nacional da legenda, para formalizar a aliança, diz.
“Frente ampla”
Para Nepomuceno, Ricardo Nunes irá liderar uma “frente ampla para vencer o extremismo”, que atribui às candidaturas de Boulos e de um eventual nome apoiado por Jair Bolsonaro (PL), na eleição.
A “frente ampla” foi um termo utilizado justamente na campanha vitoriosa do atual presidente contra Bolsonaro, em 2022.
O dirigente avalia que o contexto é diferente, já que “cada capital tem sua realidade política”, e a parceria nacional com o PT não será replicada.
Ele diz que, de um lado, estarão “PSOL e PT” e, do outro, “um nome apoiado por Bolsonaro”, enquanto a candidatura de Nunes agruparia um conjunto de partidos ao qual o Solidariedade se une.
O prefeito chegou a se reunir com o ex-presidente, de quem pode receber apoio, mas aliados reavaliam a aliança e cogitam lançar candidatura própria, conforme apurou o analista da CNN Pedro Venceslau.
Palanque de Nunes
Ex-subprefeito da região que engloba Santana, Tucuruvi e Mandaqui durante a gestão de Bruno Covas (PSDB, que morreu em 2021), de quem Nunes foi vice-prefeito, Nepomuceno refuta o conceito da “terceira via” sobre a candidatura, que reforça ser capaz de “vencer o extremismo”: “Para isso, precisamos ter um palanque amplo”.
A âncora da CNN Raquel Landim apurou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deve pedir votos para o prefeito. Já o analista Pedro Venceslau informou que nomes do próprio PT na capital têm se aproximado do emedebista.
Procurada pela CNN para comentar o apoio, a equipe do prefeito não se pronunciou até o fechamento da reportagem.
